Curitibanos preparam lançamento de disco em SP. Mas de onde veio esse nome?

DA REPORTAGEM LOCAL

"O nome é como a banda: uma brincadeira de amigos que resolvemos levar a sério", explica Artur, 24, o vocalista.
Tudo começou quando ele, o guitarrista Wonder, 23, e o baterista Alexandre, 24, entraram na faculdade de comunicação e se conheceram. Na primeira semana de aulas, formaram a banda.
"Tinha muita festa e a banda era um jeito de entrar e beber de graça", diz Alexandre.
A banda toca pop rock com a cabeça em pesos pesados dos anos 60 e 70 -como Beatles ou Led Zeppelin- e pés nos dias de hoje. O resultado do primeiro disco, "Sabonetes", lembra ora The Strokes, ora Franz Ferdinand.
Depois de lançarem o álbum em Curitiba e de se formarem na faculdade, em 2009, os integrantes da banda se mudaram para São Paulo. Fora do campus, ninguém virou jornalista ou publicitário.
Mas eles aplicam diariamente o que aprenderam nas aulas em prol da banda, no melhor estilo "do it yourself" (faça você mesmo) das bandas punks dos anos 70, com tecnologia de século 21.
Apesar de ter produtor e empresário, a banda pesquisa onde há mais gente baixando seu disco. Depois, procura casas de espetáculos nesses lugares, marca shows e contata a imprensa local para divulgar as apresentações.
Uma lousa gigante no quartel general da banda tem tudo anotadinho: datas, contatos etc.
Os cartazes são feitos pelo baixista João, 28, que não estudou com a turma, mas entrou naturalmente no clima "self made band".
Eles mesmos também fizeram o clipe da música "Nanana" -além de serem os atores do vídeo, é claro. Tudo com a ajuda dos amigos pra toda hora e um bocado de criatividade.
Uma invenção curiosa da banda são as videoagendas postadas mensalmente no YouTube. "É um formato que a gente inventou para divulgar nossa agenda de shows de um jeito diferente", explica João. A próxima notícia que eles devem dar ali é o show de lançamento do disco em São Paulo, que deve rolar no final do mês.

Comuna curitibana
Para que toda essa operação funcione e eles não gastem muita grana, os quatro músicos moram juntos desde que gravaram o primeiro EP, ainda em Curitiba, em 2008. Agora, eles dividem uma casa em Perdizes, zona oeste da capital, de três quartos e um "puxadinho".
Para não haver injustiça, a cada seis meses rola um rodízio. "Eu tô na suíte e meu projeto é que a banda estoure antes de eu chegar no puxadinho!", brinca Alexandre.
"A gente acredita muito no que faz. Passamos perrengues, mas a gente faz", diz Artur.
(TA)