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livro
Malucos beleza
Livro resgata a trajetória musical de
Paulo Coelho e traz mais de cem letras
IVAN FINOTTI
EDITOR DO FOLHATEEN
Raul Seixas e Paulo
Coelho são duas
personalidades polarizadoras da cultura brasileira. Só
atraem amor ou ódio, nada de
meio-termo. Enquanto Raul é
amado por sósias e bichos-grilos, Paulo é reverenciado por
esotéricos e donas-de-casa. Seguiram caminhos tão distintos
que, hoje, parece absurda a história de que tenham começado
juntos, como parceiros.
Mas é verdade, e quem resgata essa história magistralmente
-de forma divertida, bem escrita e bem apurada, incluindo
entrevista com o segundo- é a
jornalista carioca Hérica Marmo (que é também co-autora
da biografia dos Titãs "A Vida
Até Parece uma Festa").
Regado a sexo, drogas,
rock'n'roll e discos voadores,
"A Canção do Mago - A Trajetória Musical de Paulo Coelho"
entra de cabeça nos anos 70,
quando o mago foi letrista de
artistas como Rita Lee, Fábio
Júnior, Zé Rodrix e até Rosana.
Mas foi mesmo com Raul
"Metamorfose Ambulante"
Seixas que Paulo Coelho cometeu canções inesquecíveis: "Al
Capone", "Como Vovó Já Dizia", "Gita", "Tu És o MDC da
Minha Vida" e dezenas mais.
Entre as muitas boas histórias, destaca-se a criação da Sociedade Alternativa, espécie de
comunidade cósmica baseada
em ensinamentos do bruxo inglês Aleister Crowley.
Uma história que terminou
em prisão e tortura durante os
anos do regime militar. E que
ajudou a apressar o fim dessa
dupla de malucos beleza.
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