São Paulo, segunda-feira, 02 de maio de 2011

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INTERNETS

RONALDO LEMOS - ronaldolemos09@gmail.com

Metric aponta para o futuro da música

PARTICIPEI NA semana passada de uma conferência em Boston (EUA). Com o nome de Rethink Music, o objetivo era pensar o futuro da música como negócio.
Na plateia, uma mistura incomum de artistas, executivos de gravadoras, usuários da internet e advogados. Circulando sem serem incomodados estavam Neil Gaiman (autor de "Sandman"), sua esposa, Amanda Palmer (de quem já falei aqui), Mike Mills (do REM) e a banda Metric.
Foram eles que roubaram o show. O Metric é uma das bandas mais legais de hoje (bit.ly/ 16R5qX). Liderada pela gatíssima Emily Haines, a banda tocou em São Paulo em 2008.
Um painel inteiro foi dedicado a ela. A razão é que ela representa um dos caminhos promissores da música e, tal como o Radiohead, rompeu com suas gravadoras e assumiu o controle total.
Os integrantes do Metric dizem que o maior patrimônio que um artista pode ter hoje é a relação direta com seus fãs. Para isso, vale tudo: cadastro de e-mails, Twitter, Facebook e assim por diante.
Emily diz que a banda não se importa em ceder faixas na internet, desde que seja em troca de contato direto com o público. Assim, cria o mercado para produtos pagos, como downloads, CDs, pacotes especiais, shows etc.
Dizem que cada novo e-mail de um fã que conseguem gera em média US$ 3 por ano em receita. E ficam cada vez menos dependentes de mídias tradicionais, como rádio ou televisão.
Mas não há mágica. Tem de trabalhar muito também. Esse esquema da banda só funcionou depois de anos de batalha, esforço que continua até hoje.
Por exemplo, lançaram há pouco um concurso de remixes para o último álbum, estabelecendo tipos de relação com seu público.
A conversa na íntegra com o Metric está aqui: bit.ly/lB9ZIc. É uma aula sobre o futuro da música, funcionando aqui e agora.

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