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+ Saúde
Aparência é mais que saúde?
DO COLUNISTA DA FOLHA
Você acha que o brasileiro está satisfeito
com seu corpo e sua imagem? Se você
disse que não, pode estar no caminho
certo.Uma pesquisa da Divisão de Psicologia do Hospital das Clínicas da USP
com adultos de perfil "normal" revela resultados, no mínimo, preocupantes: 67%
das mulheres se imaginam "cortando
partes do seu corpo" em uma cirurgia
plástica e 62% dos entrevistados relataram depressão ou frustração por não
gostarem da sua imagem.
As mulheres parecem se preocupar
mais do que os homens com essas questões. Mulheres consultam mais dermatologistas e cirurgiões plásticos e têm
mais prejuízos sociais por causa da preocupação com a sua aparência. Elas também se atrasam mais do que eles para
tentar melhorar sua aparência e desconfiam mais do que os homens quando alguém diz que estão "parecendo ótimas".
Essa preocupação exagerada não é exclusividade dos adultos. Entre adolescentes, esse tipo de encanação é bem comum. Garotos e garotas procuram médicos para emagrecer, ganhar massa
muscular, crescer e fazer plásticas.
O consumo de hormônios anabolizantes (entre garotos) e moderadores de
apetite (entre garotas) é alto entre os jovens. Vamos pensar por que as formas
do corpo andam preocupando mais o jovem do que sua própria saúde.
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