DA REPORTAGEM LOCAL

Um passeio no shopping, uma passagem para Atenas. Não, não se trata de um desses sorteios de Natal, mas foi assim que a esgrimista Élora Pattaro, 18, começou a praticar, aos 13 anos, o esporte que a fará representar o Brasil nos Jogos Olímpicos deste ano, ao lado de Renzo Zeglio Agresta, 18, e Maria Júlia de Castro Herklotz, 28. "Minha mãe viu uma demonstração de esgrima em um shopping e falou: "Por que você não pratica?". Adorei logo na primeira aula. Nunca imaginei que iria a uma Olimpíada. Comecei a me empenhar mais no ano passado", conta Élora, que estuda no último ano do ensino médio.
Ela participou dos Jogos Pan-Americanos, no ano passado, mas uma infecção intestinal e uma ligeira queda de pressão no dia da competição a teriam colocado fora do pódio nas quartas-de-final. Mas Élora não considera isso motivo para a derrota.
"Não justifica de forma alguma eu ter perdido, porque estavam todas as outras atletas nas mesmas condições. A infecção que eu tive é um mistério, porque eu comi o mesmo que todo mundo tinha comido e ninguém passou mal, só eu." Sobre chances de medalha, Élora é pragmática: "É difícil dizer se tenho chances. É a primeira vez que a minha categoria, o sabre, entra. Vai depender muito das condições psicológicas minhas e de minhas adversárias". (LF)

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