São Paulo, segunda-feira, 02 de agosto de 2010

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ANÁLISE

Os pais que você tem, do jeito que eles são

ROSELY SAYÃO
COLUNISTA DA FOLHA

"Adolescência é o fim!" A frase, tão verdadeira em seu sentido literal, foi dita por uma garota de 15 anos para expressar o descontentamento com a relação com seus pais e seus pares. E talvez consigo mesma também.
A adolescência é o fim de um ciclo da vida e o começo de outro. Um processo de maturação sexual física acompanhado de muitas outras novidades. Algumas boas, outras nem tanto.
É a hora em que você busca saber quem é, quem gostaria de ser e constata, pouco a pouco, quem realmente é.
Por isso, um luto é necessário: a perda dos pais.
Sabe aqueles pais poderosos, quase perfeitos? Pois é: essa imagem vai-se na adolescência para ceder espaço aos pais que você realmente tem. Do jeito que eles são.
Aí a coisa pega para muita gente. Como estabelecer uma identidade, sexual inclusive, em meio a pais de mais ou pais de menos?
A boa notícia é que você tem grandes chances de sobreviver a esse período.
Seus pais? Você precisa aprender que a conquista da autonomia passa inevitavelmente pelo processo de separação entre você e eles, isto é, eles lá com seus problemas, e você cá com os seus.
Desenvolvimento do mundo é isso: a fila anda.


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