São Paulo, segunda-feira, 03 de maio de 2004

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BALÃO

Façam as suas apostas

DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Chegou a hora. "1602", a minissérie que marcou a volta de Neil Gaiman aos quadrinhos, lançada no ano passado nos EUA, chega enfim ao Brasil neste mês. Junto com ela, a temida pergunta: será que ele vai conseguir de novo?
Começando pelo começo, "1602" é um exercício de imaginação de Gaiman, como roteirista, e Andy Kubert e Richard Isanove, como artistas, em que alguns dos heróis do universo Marvel são transportados de volta à Europa do século 17.
São os tempos da Inquisição, em que os nossos hoje manjados mutantes eram vistos como bruxos. Esqueça também toda a parafernália hi-tech do professor Xavier. "1602" se passa em 1602, e ponto.
Pois bem, quem já leu "Sandman" sabe que Gaiman é o cara perfeito para misturar história com fantasia. Quem gostou de "Origem", recentemente lançada por aqui, também não vai se surpreender com a arte da dupla Kubert e Isanove. Mas aquela dúvida danada insiste em aparecer: ele vai conseguir outra vez?
Sei lá. Nos últimos tempos, ficou meio descolado falar mal do Gaiman: "Virou mercenário", "Não é tão bom quanto "Sandman'", "Hmpf, nunca gostei dele!".
A crítica lá fora, desde o começo, estava louca para malhar "1602". E o fez. Mas teve de recolher a língua há uma semana, quando a minissérie chegou ao fim como uma das mais vendidas dos últimos tempos. Eu é que não vou queimar a minha. Então: que venha o passado!


@ - balao@folha.com.br


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