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BALÃO
Façam as suas apostas
DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Chegou a hora. "1602", a minissérie que
marcou a volta de Neil Gaiman aos
quadrinhos, lançada no ano passado nos
EUA, chega enfim ao Brasil neste mês.
Junto com ela, a temida pergunta: será
que ele vai conseguir de novo?
Começando pelo começo, "1602" é um
exercício de imaginação de Gaiman, como roteirista, e Andy Kubert e Richard
Isanove, como artistas, em que alguns
dos heróis do universo Marvel são transportados de volta à Europa do século 17.
São os tempos da Inquisição, em que
os nossos hoje manjados mutantes eram
vistos como bruxos. Esqueça também
toda a parafernália hi-tech do professor
Xavier. "1602" se passa em 1602, e ponto.
Pois bem, quem já leu "Sandman" sabe
que Gaiman é o cara perfeito para misturar história com fantasia. Quem gostou
de "Origem", recentemente lançada por
aqui, também não vai se surpreender
com a arte da dupla Kubert e Isanove.
Mas aquela dúvida danada insiste em
aparecer: ele vai conseguir outra vez?
Sei lá. Nos últimos tempos, ficou meio
descolado falar mal do Gaiman: "Virou
mercenário", "Não é tão bom quanto
"Sandman'", "Hmpf, nunca gostei dele!".
A crítica lá fora, desde o começo, estava
louca para malhar "1602". E o fez. Mas teve de recolher a língua há uma semana,
quando a minissérie chegou ao fim como uma das mais vendidas dos últimos
tempos. Eu é que não vou queimar a minha. Então: que venha o passado!
@ - balao@folha.com.br
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