São Paulo, segunda-feira, 03 de maio de 2010

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VOCÊ É O CRÍTICO

"Fast poetry" esbarra no senso comum

GABRIELA ORESTES
ESPECIAL PARA A FOLHA

Logo me empolguei com a capa verde-limão e a editoração: "Esquimó", de Fabrício Corsaletti (Cia. das Letras, R$ 31), mais um "best-seller de poemas".
A princípio, sou bem crítica em relação aos poetas não consagrados -especificamente com aqueles que, zás-trás, viram a sensação do momento, mas resolvi dar uma chance.
Dada a chance, ela logo se perdeu. Mesmo assim, continuei até o último poema, para me certificar de que aquele jogo fácil de palavras não era apenas um "esquenta" para a genialidade do autor.
Não consegui encontrar nada muito além de livres associações fracas, algo que apelidei como "fast poetry".
Os textos líricos acabam não indo muito além do senso comum -mas reconheço a capacidade de introduzir ícones inusitados em seus poemas, como um anão dentro do porta malas, em "Os Últimos Quinze Dias e Depois".
Mesmo com meu voto contra, vejo a obra como possibilidade para aqueles que têm preguiça de ler a poesia mais complexa dos grandes autores.

Gabriela Orestes, 16, é estudante em São Paulo



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