|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ESCUTA AQUI
Alvaro Pereira Júnior - cby2k@uol.com.br
O que querem os leitores?
Eos telespectadores, os ouvintes, os internautas
etc.? Qual é a desses caras, afinal?
Você não imagina, leitor, quanta gente ganha a
vida quebrando a cabeça para descobrir o que você quer.
Isso é tão antigo quanto os meios de comunicação, mas a
discussão se acirra e ganha peso à medida que a internet
cresce (e como cresce!).
Venho pensando nisso desde que, há algumas semanas, o semanário londrino "New Musical Express", o
"NME", mudou o look e a pegada editorial. De tabloide
cada vez mais juvenil e inconsequente (o que não impedia TODOS os hypes que lançava serem imediatamente
copiados no Brasil), ganhou cara de revista, em busca de
uma presença editorial mais sóbria, mais "americana".
Esclarecendo: eu não acompanho o "NME" há mais
de dez anos, e não é modo de dizer. Parece um exercício
cretino, mas tento pensar com minha própria cabeça.
Ela é enorme, deve servir para alguma coisa -por exemplo, descobrir se gosto de uma banda, ou se a detesto,
sem antes conferir o que acha o "NME".
Mas voltando à questão editorial: em comunicação de
massa, sempre se buscou o público jovem, aquele que
consome, aquele que os anunciantes querem, que te
acompanha pelo resto da vida. Nas revistas de música,
está acontecendo o contrário. Porque a molecada só conhece internet -quem olha para o papel são os tiozinhos em busca de material "sério".
Depois do fim da inglesa "Smash Hits", em 2006, o
"NME" era o último bastião da criancice musical em papel. Não é mais. E não deixa de ser irônico que o editor-chefe da melhor época da "Smash Hits", Mark Ellen, tenha criado anos depois a "Word", para tiozinhos.
Texto Anterior: Comportamento: Festa animada Próximo Texto: Player Índice
|