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música
Curitibanos da Terminal Guadalupe fazem rock político sem chatice
Grupo exibe na sexta, em São Paulo,
o peso de guitarras e idéias do novo CD
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Cinco rapazes de Curitiba, vestidos em
colarinhos cinza, típicos dos cobradores de ônibus locais,
ousam ser uma banda com
agenda política na era da descrença. E não copiam o U2.
"Cada um acredita na sua
verdade, a nossa não é universal", diz o sério e verborrágico
Dary Jr., vocalista e letrista do
Terminal Guadalupe.
"Seria falso se não fizéssemos assim. Mas, se ninguém se
emocionar, o conteúdo vai pelo
ralo", explica
Formada por Allan Yokohama (guitarra e voz), Fabiano
Ferronato (bateria), Lucas Borba (guitarra) e Rubens K (baixo), a banda curitibana toca na
sexta no Inferno (r. Augusta,
501, Consolação, São Paulo).
O show vibrante mistura o
peso do fim do século (Queens
of the Stone Age e Muse são influências confessas) e letras articuladas do seu novo disco, "A
Marcha dos Invisíveis".
Gestado no estúdio Toca do
Bandido (RJ), o álbum é independente (também lançado em
formato pen drive) e foca as
pretensões dos "invisíveis", os
marginalizados. Se você é do
Terceiro Mundo, leitor, o assunto pode interessar.
É um ato de coragem falar em
mudanças no sistema (em faixas como "Pernambuco Chorou") em letras sem facilidades.
Amparado por uma muralha de
guitarras e boas melodias, o vocal de Dary escapa com brilho
do risco de virar um comício.
"Alguém precisa reagir à apatia atual", diz o cantor. "A gente
quer que as pessoas pensem o
país de forma menos excludente. O ceticismo não é justificativa para se omitir." Apoiado.
A MARCHA DOS INVISÍVEIS
Terminal Guadalupe
www.terminalguadalupe.com.br
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