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BALÃO
A ética do malandro
DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Alô, amigos! Zé Carioca na área. Há
quase dois anos sem dar as caras por
aqui, o papagaio malandro da Vila Xurupita volta às bancas em um especial de 60
anos publicado pela Abril.
Cento e trinta páginas que trazem das
primeiras tiras do personagem, de 1942,
passando pelos primeiros trabalhos assinados por artistas brasileiros, na década
de 1960, até duas histórias inéditas. A primeira delas escrita na... Holanda.
Zé Carioca?!, perguntariam os leitores
da Balão. Sim, por que não? Não bastasse
o jeitão descolado e o sotaque cadenciado -este vocês só vão ver no clááássico
"Alô, Amigos!", de 43, ou em "Você Já
Foi à Bahia?", de 45-, "Joe" Carioca tem
história, meus amigos. Intrigas...
A inspiração para a criação do personagem teria vindo de uma viagem de
Walt Disney ao Brasil, em 1941, como
parte da política de boa vizinhança dos
EUA, à época mergulhados em uma
guerra mundial e nem tão "amigos" assim dos nacionalistas latino-americanos.
Pois o gringo chegou por aqui, foi ao
zoológico, jantou com o presidente Getúlio Vargas, mostrou "Fantasia" para
ele e, zupt!, levou consigo um rascunho
de um desenho que o cartunista J. Carlos
teria feito num pedaço de guardanapo.
O desenho era o de um papagaio. Notem a semelhança entre os nomes: J. Carlos, José Carioca. E aquele bigodinho de
Disney, hã? Malandro que rouba malandro... Bobagem: leiam a revista!
@ - balao@folha.com.br
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