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São Paulo, segunda-feira, 03 de novembro de 2003

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BALÃO

A ética do malandro

DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Alô, amigos! Zé Carioca na área. Há quase dois anos sem dar as caras por aqui, o papagaio malandro da Vila Xurupita volta às bancas em um especial de 60 anos publicado pela Abril.
Cento e trinta páginas que trazem das primeiras tiras do personagem, de 1942, passando pelos primeiros trabalhos assinados por artistas brasileiros, na década de 1960, até duas histórias inéditas. A primeira delas escrita na... Holanda.
Zé Carioca?!, perguntariam os leitores da Balão. Sim, por que não? Não bastasse o jeitão descolado e o sotaque cadenciado -este vocês só vão ver no clááássico "Alô, Amigos!", de 43, ou em "Você Já Foi à Bahia?", de 45-, "Joe" Carioca tem história, meus amigos. Intrigas...
A inspiração para a criação do personagem teria vindo de uma viagem de Walt Disney ao Brasil, em 1941, como parte da política de boa vizinhança dos EUA, à época mergulhados em uma guerra mundial e nem tão "amigos" assim dos nacionalistas latino-americanos.
Pois o gringo chegou por aqui, foi ao zoológico, jantou com o presidente Getúlio Vargas, mostrou "Fantasia" para ele e, zupt!, levou consigo um rascunho de um desenho que o cartunista J. Carlos teria feito num pedaço de guardanapo.
O desenho era o de um papagaio. Notem a semelhança entre os nomes: J. Carlos, José Carioca. E aquele bigodinho de Disney, hã? Malandro que rouba malandro... Bobagem: leiam a revista!


@ - balao@folha.com.br


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