São Paulo, segunda-feira, 04 de julho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

INTERNETS

RONALDO LEMOS - ronaldolemos09@gmail.com

Reação a cracker pode punir usuário comum

Os ataques de crackers noticiados nas últimas semanas foram de dois tipos. O primeiro foi DDOS (denegação de serviço distribuída): inundar um site com pedidos de acesso, até derrubá-lo. Esse não exige conhecimento técnico elaborado. Olhando no Google descobre-se como fazer.
O segundo tipo -invasão de e-mails e roubo de dados- é feito principalmente por engenharia social. Aproveita fraquezas humanas, não técnicas.
Por exemplo: senhas óbvias (usadas por grande número de pessoas, baixa segurança dos provedores de e-mail que deixam trocar a senha por telefone e, ainda, apelo à curiosidade do usuário, enviando arquivos disfarçados que abrem as portas do computador.
Ataques acontecem a todo momento, inclusive contra sites governamentais. A diferença, desta vez, foi o marketing. Os crackers inventaram a marca "LulzSec", que conseguiu o que queria: atenção total da mídia. "Lulz" signifca "risada". E quem acabou "hackeada" mesmo foi a imprensa.
Com isso, cresceu a pressão para aprovar o Projeto de Lei 84 (a chamada "Lei Azeredo"). O problema é que o PL 84 não pune só crackers. Pune também condutas cotidianas na internet (como retirar músicas de um iPod). Sua redação é tão ampla que aumenta os poderes da Polícia Federal para investigar quem baixa música ou quem fala mal de alguém pela rede (injúria). O potencial para abusos é enorme.
Apesar do barulho, ataques virtuais caíram 50% em 2010 (bit.ly/58IS48). Disso ninguém falou.
Daí a pergunta: a lei precisa mudar para coibir crackers? A resposta é sim. De forma precisa e pontual. E, em conjunto, o Marco Civil da Internet, que cria direitos civis para os usuários da rede. Com equilíbrio é possível evitar novas risadas.

MONITOR

JÁ ERA
Publicar dados só em tabelas e gráficos chatos

JÁ É
Apresentar dados de forma elegante e simples
JÁ VEM
Social Graph: visualização de dados para redes sociais, como no Linkedin (bit.ly/gQzZHg)


Texto Anterior: Fale com a gente
Próximo Texto: Entre a moradia e o bandejão
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.