O americano Eric Harshbarger ganha a vida montando bloquinhos coloridos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Que tal passar sua vida inteira brincando de Lego? E ganhando dinheiro com isso? O norte-americano Eric Harshbarger conseguiu fazer de seu hobby preferido uma profissão.
Depois de se formar em matemática e de passar vários anos trabalhando com programação de computadores, Eric reencontrou antigas caixas do brinquedo que há anos hibernavam em sua garagem.
Louco por um desafio, resolveu fazer uma réplica da Alice no País das Maravilhas em tamanho natural (ou pelo menos da altura que ele imaginou que Alice deveria ter).
O projeto logo virou paixão e depois da famosa personagem do escritor Lewis Carroll vieram muitas outras.
"Coloquei fotos das estátuas em meu site e logo passei a receber e-mails de pessoas querendo comprá-las ou me pedindo para construir modelos originais", conta. Foi assim que ele ganhou um trabalho novo e muito mais divertido.
Mas a experiência em programação foi fundamental. Além de esculturas e outras peças em 3D, Eric tornou-se especialista em murais e mosaicos feitos de Lego. Para projetá-los, usa um programa de computador que ele mesmo criou.
Para guardar seu material de trabalho, Eric tem um estúdio em sua casa, que ele chama de "quarto do Lego". Mesmo assim, o cômodo não é suficiente para todas as peças que ele mantém em seu estoque.
"A verdade é que até hoje tenho mais bloquinhos que móveis", diverte-se.
Quer um emprego assim? Não pergunte a Eric como. Em seu site, ele avisa: "Por favor, não me mandem e-mails para saber como conseguir um trabalho como o meu".
(LUANA VILLAC)

Os números de Eric

Eric tem cerca de 500 mil blocos de Lego em sua oficina de trabalho

Os clássicos blocos usados para montar casas e outras coisas simples formam a grande maioria das peças usadas por Eric em seu trabalho. Somente 5% são pecinhas especiais de algum tipo, como eixos e rodas

A maior escultura de Lego construída por Eric até hoje foi uma réplica da torre Eiffel, com mais de quatro metros

Uma estátua de Lego do tamanho de uma pessoa leva em média um mês para ser construída. Para fazer o Bart Simpson Eric precisou de três semanas e usou 5.000 peças

Um mosaico retratando os arranha-céus de São Francisco foi seu trabalho que usou o maior número de blocos até hoje: mais de 100 mil pecinhas. Entre as construções 3D, uma escrivaninha inteira feita de Lego foi a campeã de peças: 35 mil