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carreira
Para se dar bem, engenheiro deve gostar de cálculo
Engenharias química, elétrica e de computação são áreas em expansão
GUSTAVO FIORATTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Até quantos centímetros uma ponte pode
balançar sem sofrer
danificações? Como
a gasolina faz o motor de um carro funcionar? As
respostas para todas essas
questões têm base na matemática e na física, e as chances de
se dar bem como engenheiro
-a quarta profissão mais procurada em vestibulares de todo
o Brasil no ano de 2004, com
318.163 inscritos- são muito
maiores para quem tem facilidade com números e cálculos.
"O engenheiro precisa ter poder de abstração, olhar uma
ponte, por exemplo, e enxergar
ali os cálculos necessários para
que ela fique em pé", diz José
Roberto Castilho Piqueira, chefe do departamento de engenharia de telecomunicações e
controle da Poli (USP).
"Ainda que um computador
hoje resolva muitos dos cálculos necessários, o engenheiro
continua trabalhando basicamente com cálculo. O pensamento do engenheiro depende
de estruturas de cálculo", diz
Rivana Passo Marino, vice-reitora do Centro Universitário da
FEI (Fundação Educacional
Inaciana).
Mas o engenheiro também
deve ter algum conhecimento
na área de humanas, como defende Piqueira. "Engenharia
também carrega questões humanas. Você tem que saber em
que contexto político-social você está levantando uma obra.
Se te pedem, por exemplo, para
fazer uma plataforma petrolífera, você, como engenheiro,
tem que saber quais as implicações humanas disso", diz.
A engenharia de produção,
por exemplo, -uma especialização muito procurada nos últimos anos- trabalha diretamente com questões humanas.
Cabe ao profissional que seguir
essa área otimizar a produção
de uma empresa, gerindo recursos financeiros, coordenando pessoal, reformulando a aplicação e utilização de máquinas da própria linha de produção. São funções administrativas.
Hoje é possível apontar inúmeras especializações no mundo da engenharia, das quais se
destacam as mais tradicionais:
civil, mecânica, química e elétrica. Mas
a formação na faculdade dá
uma noção geral de todas as
áreas e o aluno escolhe, ainda
durante o curso de cinco anos,
matérias específicas.
Mercado de trabalho
Ainda estão em expansão a
engenharia química -por conta da produção de petróleo,
principalmente- a elétrica e a
de computação, por conta do
desenvolvimento tecnológico.
Mas, em países em fase de desenvolvimento, como o Brasil,
todas os ramos oferecem boas
oportunidades. O importante é
não estacionar a formação na
faculdade. "Como a engenharia
depende estritamente de tecnologia, é difícil, mas necessário, uma renovação constante,
em todas as áreas, pois tecnologia muda o tempo todo", diz Rivana.
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