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VOCÊ É O CRÍTICO
Um desabafo sobre festivais de música
RENATA ANANIAS
ESPECIAL PARA A FOLHA
O descontentamento começa na compra do ingresso.
Meia hora antes, o sistema
de vendas já não suporta os
acessos. Compras são interrompidas no meio da operação. E aí? Consegui ou não
comprar meu ingresso?
Depois de muitas tentativas, a alternativa é ir a um
ponto de venda quatro horas
antes de ele abrir.
Festivais e shows vendem
a ideia de um mundo melhor
e de sustentabilidade, mas
exploram os fãs.
Os ingressos variam de R$
150 a R$ 600, e ainda é preciso pagar uma taxa de retirada de 20% ou um frete que
não condiz com a entrega.
A entrada de alimentos é
proibida, mas é comum o uso
de drogas nesses locais. O
preço da alimentação é assustador. Copo de água? R$5.
Pista VIP, taxas, acessibilidade ineficaz, ingressos esgotados. É esse o perfil dos
festivais no Brasil. Privam
não só os jovens mas também o público em geral de
entretenimento e cultura.
RENATA ANANIAS , 19, é estudante.
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