São Paulo, segunda-feira, 05 de janeiro de 2009

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música

LP investe no pop

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com mais tempo de estrada que o Paramore -e muitos números grandiosos a mais-, o Linkin Park compila 19 sucessos em "Road to Revolution", gravado em show que reuniu quase 50 mil espectadores no Milton Keynes, em Londres. Foi o recorde de público da última turnê mundial da banda de rock-rap californiana.
Grupo que mais vendeu CDs em 2007, reis do nu metal, figurinhas carimbadas nas premiações da MTV norte-americana, vencedores até do antiquado Grammy: os integrantes do Linkin Park passaram a primeira metade dos anos 2000 fazendo fama. Nesta segunda parte da década, Mike Shinoda, Chester Bennington, Rob Bourdon, Brad Delson, Dave Farrell e o DJ e programador Joe Hahn parecem querer apenas deitar na cama.
Se, no último álbum de estúdio, "Minutes to Midnight", de 2007, o Linkin Park preferiu se afastar da mistura de hip hop com rock apoiado em guitarras pesadas, investindo no pop, "Road to Revolution", como convém a um "melhores momentos ao vivo", embala tudo no mesmo pacote.
A balada "Shadow of the Day" ganha o indefectível coro de celulares balançados pela plateia. O rapper Jay-Z participa de "Numb/Encore" e "Jigga What/Faint". Durante mais de duas horas, o grupo solta hit após hit - "What I've Done", "Crawling", "Breakin" the Habit"- para um público enérgico e empolgado.
Com três integrantes envolvidos em projetos solo -Shinoda, por exemplo, tem o grupo de hip hop Fort Minor-, a banda mostra-se fiel à fórmula do rock grandioso de arena, produzido para ganhar multidões.
"No decorrer desses últimos anos, nós tocamos para centenas de milhares de fãs, e cada uma dessas exibições foram especiais", afirmou Chester Bennington. "Mas a apresentação no Milton Keynes foi uma das mais memoráveis em nossas carreiras. Foi uma daquelas noites em que a banda e o público se tornam uma coisa só, e nós queríamos compartilhar essa experiência com os fãs que não puderam estar presentes."
Além da facilidade para entreter plateias jovens, falar sua língua e dar a elas o que elas querem -nem mais nem menos-, Paramore e Linkin Park têm outras coisas em comum: parecem fenômenos feitos para durar o tempo exato de alguns verões. Aos adoradores, é aproveitar logo essa onda, antes que ela desapareça sem deixar resquícios na areia. (DY)


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