|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
música
LP investe no pop
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com mais tempo de
estrada que o Paramore -e muitos números grandiosos a
mais-, o Linkin
Park compila 19 sucessos em
"Road to Revolution", gravado
em show que reuniu quase 50
mil espectadores no Milton
Keynes, em Londres. Foi o recorde de público da última turnê mundial da banda de rock-rap californiana.
Grupo que mais vendeu CDs
em 2007, reis do nu metal, figurinhas carimbadas nas premiações da MTV norte-americana,
vencedores até do antiquado
Grammy: os integrantes do
Linkin Park passaram a primeira metade dos anos 2000
fazendo fama. Nesta segunda
parte da década, Mike Shinoda,
Chester Bennington, Rob
Bourdon, Brad Delson, Dave
Farrell e o DJ e programador
Joe Hahn parecem querer apenas deitar na cama.
Se, no último álbum de estúdio, "Minutes to Midnight", de
2007, o Linkin Park preferiu se
afastar da mistura de hip hop
com rock apoiado em guitarras
pesadas, investindo no pop,
"Road to Revolution", como
convém a um "melhores momentos ao vivo", embala tudo
no mesmo pacote.
A balada "Shadow of the
Day" ganha o indefectível coro
de celulares balançados pela
plateia. O rapper Jay-Z participa de "Numb/Encore" e "Jigga
What/Faint". Durante mais de
duas horas, o grupo solta hit
após hit - "What I've Done",
"Crawling", "Breakin" the Habit"- para um público enérgico
e empolgado.
Com três integrantes envolvidos em projetos solo -Shinoda, por exemplo, tem o grupo
de hip hop Fort Minor-, a banda mostra-se fiel à fórmula do
rock grandioso de arena, produzido para ganhar multidões.
"No decorrer desses últimos
anos, nós tocamos para centenas de milhares de fãs, e cada
uma dessas exibições foram especiais", afirmou Chester Bennington. "Mas a apresentação
no Milton Keynes foi uma das
mais memoráveis em nossas
carreiras. Foi uma daquelas
noites em que a banda e o público se tornam uma coisa só, e
nós queríamos compartilhar
essa experiência com os fãs que
não puderam estar presentes."
Além da facilidade para entreter plateias jovens, falar sua
língua e dar a elas o que elas
querem -nem mais nem menos-, Paramore e Linkin Park
têm outras coisas em comum:
parecem fenômenos feitos para
durar o tempo exato de alguns
verões. Aos adoradores, é aproveitar logo essa onda, antes que
ela desapareça sem deixar resquícios na areia.
(DY)
Texto Anterior: Música: Ídolos ao vivo Próximo Texto: +CDs Índice
|