São Paulo, segunda-feira, 05 de abril de 2010

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Sem afinidade, é melhor não fazer, diz psicóloga

Para a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do ProSex, projeto de sexualidade da USP, casos como o de Jessica, Priscila, Mari e Raquel "põem por terra o mito de que pornografia necessariamente tem a ver com dificuldade econômica".
Ninguém, afinal, usou os ganhos para despesas primárias.
Também é importante sacar se essa onda é a sua. "Sem afinidade [com o pornô], a pessoa vai ser profundamente infeliz no trabalho", explica Abdo. "Se ela ainda pensa, "meu Deus, será que vou ter vergonha?", então, não pode encarar."
Leila Tardivo, psicóloga e professora de Instituto de Psicologia da USP, descreve a situação das garotas como "complexa".
"É preciso ver as motivações de cada uma e, sendo maiores de idade, respeitar suas opções. Mas também é preciso considerar o risco, para a saúde física e mental das garotas, de uma situação como essa. Será que está tudo bem mesmo com essas meninas? A "coisificação" de si ou do outro é um problema, o ser humano não é um objeto. Isso pode trazer consequências, elas podem ser vítimas de bullying, por inveja ou por preconceito. A garota se expõe, pode ser vítima de ataques."


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