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Sexo & Saúde
Jairo Bouer - jbouer@uol.com.br
Ora bolas
1
"Existe algum tratamento para aumentar o tamanho dos
testículos?"
2
"Só aparece um testículo no meu saco escrotal. É possível
ser assim e ainda ter filhos?"
3
"Tenho um terceiro testículo, que parece ser meio
deformado. Quando eu toco, parece ter um monte de veia.
É estranho. O que pode ser isso?"
O MAIS comum é que o homem tenha
dois testículos na bolsa escrotal e que
eles apresentem, aproximadamente, o
mesmo tamanho. As dimensões dos testículos
podem variar de homem para homem, mas isso não significa que homens com testículos menores
têm fertilidade mais baixa que homens com testículos
maiores. Aliás, não há nenhum método válido para aumentar os testículos. Dependendo da idade, eles podem
estar ainda em desenvolvimento, não tendo atingido sua
dimensão definitiva até o final da puberdade.
Uma ligeira diferença de tamanho entre os dois testículos pode acontecer, mas, se ela for muito grande, exige uma avaliação médica. Alguns processos podem fazer
com que o testículo "encolha" e até perca sua função.
Uma infecção por caxumba, por exemplo, que migra para os testículos, pode causar complicações e levar até à atrofia. Um trauma muito forte (uma bolada) também.
Processos que causem um aumento do testículo ou do
saco escrotal também precisam de avaliação do urologista. Varicocele ("varizes" que podem acontecer nas
veias do saco escrotal), inflamações, infecções e até tumores podem levar a um aumento do volume da região.
A aparição de "terceiro testículo" pode ser causada por
qualquer dos processos acima. Já a ausência de um testículo não impede que o homem possa ter filhos. Em geral, homens que precisam tirar um dos testículos por causa de câncer ou de trauma na
região, por exemplo, acabam "compensando" a função hormonal e de produção de
espermatozóides com o outro.
O que não pode acontecer é o garoto
perceber que tem apenas um testículo e
não procurar o médico. Um deles pode
estar presente e ter ficado "preso" na
cavidade abdominal, no processo de
desenvolvimento do corpo do bebê.
Quando isso não é detectado logo
na infância, vai exigir uma investigação. Testículo "perdido" pode
sofrer alterações e se transformar até em câncer. Moral da história: qualquer alteração que fuja
da regra deve ser examinada pelo
médico o mais rápido possível!
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