DA REPORTAGEM LOCAL

Habitantes da Terra Média, preparem-se! Os personagens fantásticos das sagas de Tolkien estão chegando aos palcos de cinco capitais brasileiras nesta semana. Os emissários são os quatro integrantes da banda alemã Blind Guardian.
Quatro anos depois de "Nightfall in Middle-Earth", inteiramente composto por músicas baseadas na obra "O Silmarillion", de J.R.R. Tolkien -o autor da saga "O Senhor dos Anéis"-, o grupo apresenta canções do novo álbum "A Night at the Opera".
A banda, criada na década de 80, faz a linha épico-medieval e é influenciada por essa literatura. Suas canções são odes a um universo fantástico habitado por seres como elfos, dragões e trolls.
"Tolkien é uma das maiores influências da banda, assim como Stephen King. Todos gostamos muitos de lendas antigas, contos e mitos", explica o guitarrista Marcus Siepen, 33. Para ele, a obsessão da banda pelo tema tem explicação: "Só depois que todo o instrumental de uma música está pronto é que Hansi [Kursch, vocalista" escreve sua letra, inspirado pela melodia. Uma coisa puxa a outra. Não faria sentido termos letras como as do Rage Against de Machine (risos)."
No entanto, em "A Night at the Opera" -que remete à obra-prima de cunho operístico do Queen- o Blind Guardian deixa sua paixão por Tolkien para tirar da prateleira novas referências. "Nosso objetivo principal era fazer algo diferente do CD anterior. Não queríamos lançar a mesma coisa duas vezes. Deixamos o tema do disco em aberto. Há músicas sobre a Guerra de Tróia, a Ilíada, o filósofo alemão Friedrich Nietzsche e Jesus Cristo."
Nos shows daqui, a banda promete peso e corais num repertório que mistura músicas de discos anteriores e de "A Night at the Opera". A turnê deve render um disco duplo ao vivo com gravações feitas também nos shows do Brasil. (FM)