São Paulo, segunda-feira, 05 de novembro de 2007

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música

Tempestade Tarja

Cantora lírica demitida da banda de metal Nightwish volta a soltar a voz no disco "My Winter Storm"

LEANDRO FORTINO
DA REPORTAGEM LOCAL

Levou dois anos para a finlandesa Tarja Turunen, 30, lançar seu primeiro disco solo após ser despedida em público pelo líder da banda de metal melódico Nightwish. Tuomas Holopainen, tecladista e chefe do grupo (ele escreve todas as músicas), logo após entregar uma carta de demissão à cantora, a publicou também no site oficial da banda, expondo para o mundo a crise entre ele e Tarja e seu marido, o argentino Marcelo Cabuli, ex-empresário da banda. Dividindo a vida entre Helsinque, na Finlândia, e Buenos Aires, na Argentina, Tarja aproveitou a proximidade com o Brasil para falar sobre seu disco solo, "My Winter Storm" (minha tempestade de inverno), que sai aqui no fim do mês. Nos escritórios da gravadora Universal, em São Paulo, ela conversou com o Folhateen.

 

FOLHA - Como os fãs reagiram à sua saída do Nightwish?
TARJA
- Ficaram todos muito chocados, ninguém esperava por isso, nem eu. Ficaram ansiosos para saber o que aconteceria com a banda e comigo.

FOLHA - O que você tinha em mente ao começar a preparar o disco?
TARJA
- A prioridade foi o som, o som cinematográfico. Como sou muito fã desse tipo de sonoridade, tenho uma enorme discoteca de trilhas sonoras em casa. Eu busquei ajuda nas pessoas que realmente trabalham em trilhas de filmes. Mas antes, pesquisei em minha própria coleção de discos os nomes dos músicos que compuseram minhas trilhas prediletas. Descobri que várias delas eram feitas pelas mesmas pessoas.

FOLHA - Você tinha um filme em mente antes de gravar o disco?
TARJA
- Nunca tive um filme em mente, mas o disco tem um clima muito emocionante e rico em detalhes. Seria um filme de fantasia mas também assustador. Assustador em um mundo lindo de fantasia, onde as coisas acontecem do nada.

FOLHA - Você dizia estar cansada de passar muito tempo somente com homens quando saía em turnê. Como você se sente agora...
TARJA
- ...que estou sozinha? (risos). Percebi que, durante anos, vivi em um mundo masculino. Eu era a única garota, por nove anos, no meio de 20 homens. Não que eu quisesse ficar só, mas era a minha realidade. É um novo começo, e terei muita responsabilidade, afinal, não vou ter de dividir minha opinião com ninguém.

FOLHA - Você planeja contratar garotas para a sua banda solo?
TARJA
- Eu nunca pensei sobre isso, mas, sim, vou ter a Maria, tecladista. Há também outras mulheres na equipe que viajará comigo. Faremos uma pequena turnê de dez dias pela Europa, e, no começo de abril de 2008, começo a rodar o mundo.

FOLHA - E o Brasil...
TARJA
- ...é claro, está incluído. Sempre esteve em meus planos. Planejo voltar para cá umas três vezes no ano, ir a alguns países, voltar para casa e depois voltar a alguns deles. Espero que isso seja possível, pois é muito menos estressante.

FOLHA - Desde que recebeu a carta, você encontrou com a banda?
TARJA
- Não, nunca mais.

FOLHA - E a música "I Walk Alone" (eu caminho só)...
TARJA
- ...não é uma declaração sobre o que aconteceu no passado. Eu nem escrevi a letra.

FOLHA - E a música "Bye Bye Beautiful", do primeiro disco do Nightwish sem você, que é sobre você?
TARJA
- Não ouvi ainda.


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