São Paulo, segunda-feira, 06 de março de 2006

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Sexo & saúde

Jairo Bouer

Para todos os Carnavais

Cinco minutos de sua atenção depois do final da festa mais esperada do ano. A esta altura do campeonato, se tudo correu bem, você já deve ter esquecido o assunto Carnaval. Mas, se rolou algum problema, sua cabeça deve estar ainda bem quente e sou capaz de apostar quem foi o vilão dessa história: o álcool.
Você conseguiu se divertir, curtir a animação toda, sem vacilar e sem se colocar em risco? Pode parecer um paradoxo, mas o principal "combustível" utilizado pelas pessoas para relaxarem, se alegrarem e se soltarem um pouco é o mesmo que, algumas doses depois, vai causar tantos problemas.
Entra ano, sai ano, é sempre a mesma história. Brigas, violência, ânimos à flor da pele, acidentes de carro, afogamentos, atropelamentos, porres homéricos, internações no pronto-socorro, transas sem camisinha, tudo isso causado pelo mesmo motivo: excesso de bebida.
E será que as pessoas ainda não sabem até quando podem beber? Pode apostar que a maioria sabe, sim. E mais: a maior parte dos porres é proposital, ou seja, a pessoa tinha o objetivo desde o começo da noite de chutar o pau da barraca.
Parece que o excesso é que vai dar a medida exata da graça e do sentido da festa. Diferentes consultas à população jovem revelam que boa parte das pessoas toma porres com freqüência e que, muitas vezes, essa atitude é desejada ou até planejada.
Se, para você, é impossível se divertir sem beber, será que, pelo menos, não é possível se divertir sem encher a cara? Não dá mesmo para achar um meio-termo? E será que não se pode tomar algumas precauções extras como não guiar, ter camisinha por perto e evitar situações de conflito?
A gente sabe que no Carnaval muita gente se sente "tentada" a misturar outros "ingredientes" ao álcool. Então, lança-perfume, maconha, cocaína, anfetamina e outras drogas acabam entrando no cardápio dos jovens, que parecem ignorar os riscos acumulados nessa combinação.
O Carnaval de 2006 já passou, mas muitas festas vão rolar ainda até o próximo. Será demais pedir para quem pretende beber que não exagere e que não faça misturas que possam colocar sua saúde e sua vida em risco?


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