Só clássicos

"Boys don't cry" - The Cure
Curta e direta. É assim a estréia da banda inglesa The Cure em território americano. Alguns meses após lançar seu primeiro disco no Reino Unido, "Three Imaginary Boys", de 1979, o vocalista e guitarrista Robert Smith -com cabelos compridos e desfiados e maquiagem borrada- incrementou o álbum com alguns singles novos para o mercado dos EUA. Esses ajustes melhoraram bastante o disco, que, em sua primeira versão, não tinha a clássica faixa-título. Mas resumir o álbum a esse sucesso seria injustiça. Aqui há "10.15 Saturday Night", em que Robert sussurra o tiquetaque de um relógio, "Killing an Arab", inspirada no livro "O Estrangeiro", de Albert Camus, e a animada "Fire in Cairo". É incrível que uma banda tão querida não tenha sua discografia completa lançada no Brasil. Sua estréia chega com 27 anos de atraso, mas, como diz o ditado, antes tarde do que nunca. (LEANDRO FORTINO)

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