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Ação em cadeia
Na espera de "Indiana Jones 4", o ator Harrison Ford protagoniza ação com roteiro fraco e humor involuntário
JOÃO PAPA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Steven Spielberg afirmou recentemente que "Indiana Jones 4", seu
próximo filme, será uma sobremesa a todos aqueles que tiveram que
provar do pesado e excelente "Munique". Harrison Ford (desde sempre, Indiana Jones) deveria dizer o mesmo a
todos os que tiverem que provar do regular "Firewall - Segurança em Risco",
que estréia nesta semana.
Dirigido por Richard Loncraine (de
"Wimbledon - O Jogo do Amor"), "Firewall" conta a história de Jack Stanfield
(Harrison Ford), um bem-sucedido especialista em segurança de um pequeno
banco americano. Sua vida é abalada
quando ele conhece Bill Cox (Paul Bettany), um homem que percebeu que a
única vulnerabilidade do sistema desenvolvido por Jack é ele mesmo.
Bill, então, seqüestra sua família e
obriga seu adversário a roubar 100 milhões de dólares para ele.
Poderia ser um filme bacana, não fosse a péssima idéia de transformar a família de Jack (com a qual não simpatizamos) em seu principal problema.
Apoiado em péssimos diálogos, são
poucos os momentos em que o roteiro
nos leva a acreditar naquilo tudo. O filme só é eficiente quando o que está em
jogo é a reputação de Jack ou sua habilidade para resolver os problemas aos
quais é apresentado.
O ingresso vale pelos momentos engraçados. É impossível não gargalhar
quando Ford olha sério o rosto de Janet
(sua secretária) e diz, ao som de uma
música digna de um filme de terror: "Eu
vou pegar meu cachorro". O triste é saber que provocar riso não era bem a intenção dessa e de outras cenas.
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