São Paulo, segunda-feira, 06 de março de 2006

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Ação em cadeia

Na espera de "Indiana Jones 4", o ator Harrison Ford protagoniza ação com roteiro fraco e humor involuntário

JOÃO PAPA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Steven Spielberg afirmou recentemente que "Indiana Jones 4", seu próximo filme, será uma sobremesa a todos aqueles que tiveram que provar do pesado e excelente "Munique". Harrison Ford (desde sempre, Indiana Jones) deveria dizer o mesmo a todos os que tiverem que provar do regular "Firewall - Segurança em Risco", que estréia nesta semana.
Dirigido por Richard Loncraine (de "Wimbledon - O Jogo do Amor"), "Firewall" conta a história de Jack Stanfield (Harrison Ford), um bem-sucedido especialista em segurança de um pequeno banco americano. Sua vida é abalada quando ele conhece Bill Cox (Paul Bettany), um homem que percebeu que a única vulnerabilidade do sistema desenvolvido por Jack é ele mesmo.
Bill, então, seqüestra sua família e obriga seu adversário a roubar 100 milhões de dólares para ele.
Poderia ser um filme bacana, não fosse a péssima idéia de transformar a família de Jack (com a qual não simpatizamos) em seu principal problema. Apoiado em péssimos diálogos, são poucos os momentos em que o roteiro nos leva a acreditar naquilo tudo. O filme só é eficiente quando o que está em jogo é a reputação de Jack ou sua habilidade para resolver os problemas aos quais é apresentado.
O ingresso vale pelos momentos engraçados. É impossível não gargalhar quando Ford olha sério o rosto de Janet (sua secretária) e diz, ao som de uma música digna de um filme de terror: "Eu vou pegar meu cachorro". O triste é saber que provocar riso não era bem a intenção dessa e de outras cenas.


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