São Paulo, segunda-feira, 06 de julho de 2009

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CARREIRA

"O emo morreu!"

Cine mergulha no pop em seu primeiro CD, com som animado dos anos 80 e pose de boy band

DA REPORTAGEM LOCAL

A quarta definição de "cinese" no dicionário "Aurélio" é "animação, agitação". Bem adequada para o som feliz-berrado da banda Cine, que existe há dois anos e ganhou destaque ao abrir os shows paulistanos dos Jonas Brothers e do McFly, em maio.
Passada a adrenalina de tocar para 45 mil pessoas (com os JB), eles lançam seu primeiro álbum, "Flashback", e admitem: gostam mais do McFly, que tem um espírito de "zoar um som pra galera" igual ao deles. "Ser feliz é o que pega. Não dá para ser só alegre, tem que curtir de qualquer jeito!", diz ao Folhateen o vocalista DH.
Tudo o que o grupo faz é na pegada da curtição. As letras seguem o slogan-música "Dance e Não se Canse", uma animada paráfrase do "dance bem, dance mal, dance sem parar" do grupo As Frenéticas, da época da discoteca, nos anos 1970.
E o som também tem vocação para o passado: a guitarra de Dan, a bateria de Dave e o baixo de Bruno servem é para ladear o teclado de Dash e os sintetizadores anos 80.
Essa década (em que todos nasceram) também aparece em "As Cores", nome da balada romântica do disco e a definição das roupa que eles vestem.
Do emo, que reina entre as bandas teen nacionais, eles mantêm só as franjas jogadas na cara. "O emo morreu, e agora vem o pop!", sintetiza Bruno.

Boy band
O Cine acredita tanto no estilo popular que, durante os shows, eles dizem ser uma boy band. "Não temos vergonha de dizer que curtimos os Backstreet Boys", garante DH.
E os garotos também não coram ao dizer que quase todos moram com suas famílias. Mas por pouco tempo: vão alugar um apê no centro de São Paulo e fundar a "Cinerrepública".
Talvez quando se emanciparem, DH vai ter outra "Garota Radical" além de sua mãe -para quem dedica a música. (CF)


CINE - "Flashback"
Universal
R$ 28
myspace.com/bandacine (tem o álbum completo em streaming)




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