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CARREIRA
"O emo morreu!"
Cine mergulha no pop em seu primeiro CD, com som animado dos anos 80 e pose de boy band
DA REPORTAGEM LOCAL
A quarta definição de "cinese" no dicionário
"Aurélio" é "animação,
agitação". Bem adequada para
o som feliz-berrado da banda
Cine, que existe há dois anos e
ganhou destaque ao abrir os
shows paulistanos dos Jonas
Brothers e do McFly, em maio.
Passada a adrenalina de tocar
para 45 mil pessoas (com os
JB), eles lançam seu primeiro
álbum, "Flashback", e admitem: gostam mais do McFly,
que tem um espírito de "zoar
um som pra galera" igual ao deles. "Ser feliz é o que pega. Não
dá para ser só alegre, tem que
curtir de qualquer jeito!", diz ao
Folhateen o vocalista DH.
Tudo o que o grupo faz é na
pegada da curtição. As letras
seguem o slogan-música "Dance e Não se Canse", uma animada paráfrase do "dance bem,
dance mal, dance sem parar"
do grupo As Frenéticas, da época da discoteca, nos anos 1970.
E o som também tem vocação para o passado: a guitarra
de Dan, a bateria de Dave e o
baixo de Bruno servem é para
ladear o teclado de Dash e os
sintetizadores anos 80.
Essa década (em que todos
nasceram) também aparece
em "As Cores", nome da balada
romântica do disco e a definição das roupa que eles vestem.
Do emo, que reina entre as
bandas teen nacionais, eles
mantêm só as franjas jogadas
na cara. "O emo morreu, e agora vem o pop!", sintetiza Bruno.
Boy band
O Cine acredita tanto no estilo popular que, durante os
shows, eles dizem ser uma boy
band. "Não temos vergonha de
dizer que curtimos os Backstreet Boys", garante DH.
E os garotos também não coram ao dizer que quase todos
moram com suas famílias. Mas
por pouco tempo: vão alugar
um apê no centro de São Paulo
e fundar a "Cinerrepública".
Talvez quando se emanciparem, DH vai ter outra "Garota
Radical" além de sua mãe -para quem dedica a música.
(CF)
CINE - "Flashback"
Universal
R$ 28
myspace.com/bandacine (tem o álbum completo em streaming)
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