|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EDUCAÇÃO
Estudantes descobrem tesouros escondidos de SP
Muito além da imaginação
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil é um país novo, é verdade. Só que isso não quer dizer
que já não tenha muita história para contar. São Paulo é a maior cidade do país e uma das mais velhas,
prestes a fazer 450 anos em janeiro.
Bom, quem tiver ido às aulas com
frequência nos últimos anos, já deve saber bem dessa conversa toda.
Só que a teoria colocada em prática é muito mais interessante, por
isso, graças ao projeto "Redescobrindo o Centro", da fundação
Abrinq e do banco Santander Banespa, alguns alunos foram descobrir o que havia por trás de ruas,
construções e monumentos do
centro da capital paulista.
O Folhateen acompanhou o passeio dos alunos do primeiro ano do
ensino médio da Escola Estadual
Emiliano Augusto Cavalcanti e
Melo, que fica na Lapa, zona oeste.
"Vivo passando por aqui, mas
sempre correndo. Não tinha idéia
de que era tão bonito e de que tinha
tantas histórias", diz Hevelyn Oliveira, 14, enquanto atravessava a
praça da Sé, em direção à catedral.
Ela conta que passa constantemente pelo local porque acompanha a
mãe em compras.
Já Max Silva, 15, não caminhava
pela região desde o começo deste
ano, quando precisou tirar um documento. "Eu só tinha uma pequena idéia de como era. Agora, está ficando mais claro", afirma ele, enquanto o guia explica a história do
solar da marquesa de Santos, que
abriga hoje o Museu da Cidade de
São Paulo.
Muita emoção
"Estou emocionada, muito emocionada", não parava de repetir
Elaine de Souza, 16, ao conhecer a
casa da marquesa de Santos. "Saber
que ela morou aqui me emociona
demais!" Ela teve reação parecida
quando avistou um dos homens
que prometem passar por um círculo de facas. "Nossa, vocês viram?
Aquilo é muito louco!" Um clássico
do centro atual.
"É engraçado andar por aqui. Um
dia eu estava vindo e vi o cantor Agnaldo Timóteo vendendo CDs. Ele
até me deu um autografado", lembra Ligia Alves, 15, que se surpreendeu ao conhecer a catedral da Sé.
"Nem sabia que a gente podia entrar", admite.
Sensações à parte, o fato de conhecer melhor a cidade onde vivem
tem o momento máximo quando
se sobe os 35 andares do edifício Altino Arantes, mais conhecido como
torre do Banespa. "Nossa, é legal
para caramba!", exclama Otávio
Augusto Batista, 15, que não visitava mais o centro por achar que não
tinha tanto o que fazer. "Mas agora
vou vir mais vezes", muda de idéia.
(RICARDO LISBÔA)
Texto Anterior: Confira o faixa-a-faixa de "Room on Fire" Próximo Texto: panorâmica: Escola aberta é menos violenta Índice
|