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São Paulo, segunda-feira, 06 de outubro de 2003

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EDUCAÇÃO

Estudantes descobrem tesouros escondidos de SP

Muito além da imaginação

DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil é um país novo, é verdade. Só que isso não quer dizer que já não tenha muita história para contar. São Paulo é a maior cidade do país e uma das mais velhas, prestes a fazer 450 anos em janeiro. Bom, quem tiver ido às aulas com frequência nos últimos anos, já deve saber bem dessa conversa toda.
Só que a teoria colocada em prática é muito mais interessante, por isso, graças ao projeto "Redescobrindo o Centro", da fundação Abrinq e do banco Santander Banespa, alguns alunos foram descobrir o que havia por trás de ruas, construções e monumentos do centro da capital paulista.
O Folhateen acompanhou o passeio dos alunos do primeiro ano do ensino médio da Escola Estadual Emiliano Augusto Cavalcanti e Melo, que fica na Lapa, zona oeste. "Vivo passando por aqui, mas sempre correndo. Não tinha idéia de que era tão bonito e de que tinha tantas histórias", diz Hevelyn Oliveira, 14, enquanto atravessava a praça da Sé, em direção à catedral. Ela conta que passa constantemente pelo local porque acompanha a mãe em compras.
Já Max Silva, 15, não caminhava pela região desde o começo deste ano, quando precisou tirar um documento. "Eu só tinha uma pequena idéia de como era. Agora, está ficando mais claro", afirma ele, enquanto o guia explica a história do solar da marquesa de Santos, que abriga hoje o Museu da Cidade de São Paulo.

Muita emoção
"Estou emocionada, muito emocionada", não parava de repetir Elaine de Souza, 16, ao conhecer a casa da marquesa de Santos. "Saber que ela morou aqui me emociona demais!" Ela teve reação parecida quando avistou um dos homens que prometem passar por um círculo de facas. "Nossa, vocês viram? Aquilo é muito louco!" Um clássico do centro atual.
"É engraçado andar por aqui. Um dia eu estava vindo e vi o cantor Agnaldo Timóteo vendendo CDs. Ele até me deu um autografado", lembra Ligia Alves, 15, que se surpreendeu ao conhecer a catedral da Sé. "Nem sabia que a gente podia entrar", admite.
Sensações à parte, o fato de conhecer melhor a cidade onde vivem tem o momento máximo quando se sobe os 35 andares do edifício Altino Arantes, mais conhecido como torre do Banespa. "Nossa, é legal para caramba!", exclama Otávio Augusto Batista, 15, que não visitava mais o centro por achar que não tinha tanto o que fazer. "Mas agora vou vir mais vezes", muda de idéia. (RICARDO LISBÔA)


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