O vencedor do Prêmio Eisner, o "Oscar dos quadrinhos", lança em livro sua primeira história individual

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os quadrinhos brasileiros têm um novo nome de destaque. É Rafael Grampá, autor do álbum "Mesmo Delivery", que acaba de sair. O lançamento é a primeira HQ individual assinada por Grampá. Ele chega pouco depois de o quadrinista ter recebido um Eisner Award, prêmio considerado o Oscar do gênero, pela revista independente "5", criada em parceria com os gêmeos brasileiros Gabriel Bá, a norte-americana Becky Coonan e o grego Vasilis Lolos. Leia entrevista. (LUANA VILLAC)

 

FOLHA - Quando você começou sua relação com os quadrinhos?
RAFAEL GRAMPÁ - Desde molequinho eu gostava deles. Aprendi a desenhar copiando, passando por cima... Quando fiquei adulto veio a vontade de fazer isso profissionalmente.

FOLHA - Como foi o trabalho do grupo que ganhou o prêmio?
GRAMPÁ - Fizemos tudo pela internet, via MSN e por um blog que criamos para discutir aonde queríamos chegar. Só fui conhecer a Becky e o Vasilis ao vivo na premiação.

FOLHA - É diferente trabalhar solo?
GRAMPÁ - Quando você trabalha só, tem mais liberdade mas também mais responsabilidade, porque dá a cara para bater sozinho. Mas sempre quis contar minhas próprias histórias.

FOLHA - De onde veio a inspiração para "Mesmo Delivery"?
GRAMPÁ - Meu pai era gerente de uma transportadora e sempre tinha um monte de caminhões estacionados ao lado de casa. Então eu brincava muito de aventura de caminhoneiro.
Também fui influenciado pelos episódios da série ""Além da Imaginação", que eu adorava. E como, quando eu era criança, achava que os intervalos da propaganda faziam parte da série, que era tudo a mesma coisa, coloquei um comercial no meio da HQ para brincar com isso.

MESMO DELIVERY
Rafael Grampá
Ed. Desiderata
R$ 39,90 (56 págs.)


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