Começa nesta semana a 14ª edição do Festival Mix Brasil, que apresenta filmes e vídeos sobre sexualidade

DA REPORTAGEM LOCAL

Quando se trata de conflitos da adolescência, pouco importa a orientação sexual do sujeito. 0°° Somos parecidos.
Duas produções que integram a programação do festival Mix Brasil 2006, que começa nesta quinta-feira, em São Paulo, com filmes e vídeos sobre a sexualidade, mostram bem isso ao apresentar a vida real de uma garota e ao contar a história cômica de um menino.
A produção independente -e de baixo orçamento, vale deixar claro- "O Clube das Gordas" é uma comédia de humor negro sobre Rodney, um adolescente gay um pouquinho acima do peso, mas que se sente uma "garota gorda".
Segundo ele, o mundo se divide em dois: gordas e não-gordas. Não é o peso que está em questão, mas sim o espírito e a atitude das pessoas. Criando a tribo das "garotas gordas", ele e três amigos vão experimentando o início da vida sexual, sempre com tom sarcástico.
Buscando aceitação também está Shulamit Izen, garota judia de Boston que procura em sua religião brechas para ser lésbica. O documentário "Sobrevivi a uma Escola Judaica" acompanha Shulamit e sua batalha, na qual ela busca explicações com um rabino e organiza uma aliança "gay-hétero", e discute o homossexualismo e a sua possibilidade no judaísmo.
O assunto (sexo-religião) é delicado e polêmico e o filme o explora bem, apesar de o tema ser um tanto específico.
Ainda na programação jovem do Mix Brasil, há como destaques a comédia neozelandesa "50 Maneiras de Dizer Incrível", o nórdico "Pop Music" e o japonês "Linda Linda Linda".


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