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esporte
Bola na rua
Conheça os jogadores que disputam campeonato de "streetball", o basquete de rua, que acontece no próximo dia 12
JULIANA CALDERARI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Misto de basquete
convencional
com elementos
da cultura Hip
Hop, o "basquete de rua" surgiu nos guetos
americanos e ganhou força a
partir da década de 50. Mas,
mesmo tendo tanta influê ncia
americana, jogadores concordam que o basquete de rua brasileiro já desenvolveu um estilo
próprio. "É mais diversão", explica Bruno Muniz, 20, um dos
integra ntes do Cufa, o time da
Central Única das Favelas de
São Paulo, uma das equipes que
irá disputar o Ca mpe onato Estadual de Basquete de Rua do
Estado. O eve nto aco ntece no
dia 12 de abril, no Sesc Consolação.
Em São Paulo, é comum encontrar os praticantes desse tipo de basquete em parques da
cidade como Ibirapuera e Villa-Lobos. "Há muito mais liberdade no basquete de rua. Qua
lquer um pode jogar. Não depende de idade nem de altura",
afirma Rubens da Silva, 24, o
Ratinho. Jogador há dez anos.
Ta mbé m conhecida como
"str eetball", a modalidade surgiu como alternativa para os jovens que não dispunha m de
uma quadra ou de um time para
praticar o esporte tradicional.
Sem regras tão rígidas como
no basquetebol, o jogo lembra
mais um embate de rap do que
uma partida esportiva.
Enqua nto os jogadores estão
em ação, há um DJ cuidando do
som e um MC narrando a disputa. Em alguns eve ntos como
o Ca mpe onato, grafiteiros e
dançarinos de brea k, os "b-boy
s" também fazem sua arte enqua nto as equipes se enfrentam. "É o MC que faz o eve nto
funcionar", explica MC Cezar.
Cantor de rap, que participa
de eve ntos de "str eetball" há
quatro anos, Cezar tem que se
esforçar para dar conta do recado. Entre suas funções, estão as
de dar informações técnicas,
chamar a atenção para um
comportamento agre ssivo e
acelerar a platéia. Qua ndo o
povo se anima, dança, canta e
provoca os jogadores. Ao som
de rap e hip hop, a torcida faz
seu apelo aos garotos, também
chamados de "ballers ". "Às vezes algué m invade a quadra",
conta o jogador Bruno.
Sabendo que o que conta é o
envolvimento da torcida, os jogadores investem mais em suas
performances. "Ap esar de a vitória ser o objetivo, estou mais
pre ocupado com os movimentos", revela Ratinho. Segundo
ele, em São Paulo, o lugar mais
indicado para roupas e acessórios é o andar térreo da Galeria
do Roc k. "Mu itos dos vendedores também são jogadores."
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