São Paulo, segunda-feira, 07 de abril de 2008

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esporte

Bola na rua

Conheça os jogadores que disputam campeonato de "streetball", o basquete de rua, que acontece no próximo dia 12

JULIANA CALDERARI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Misto de basquete convencional com elementos da cultura Hip Hop, o "basquete de rua" surgiu nos guetos americanos e ganhou força a partir da década de 50. Mas, mesmo tendo tanta influê ncia americana, jogadores concordam que o basquete de rua brasileiro já desenvolveu um estilo próprio. "É mais diversão", explica Bruno Muniz, 20, um dos integra ntes do Cufa, o time da Central Única das Favelas de São Paulo, uma das equipes que irá disputar o Ca mpe onato Estadual de Basquete de Rua do Estado. O eve nto aco ntece no dia 12 de abril, no Sesc Consolação.
Em São Paulo, é comum encontrar os praticantes desse tipo de basquete em parques da cidade como Ibirapuera e Villa-Lobos. "Há muito mais liberdade no basquete de rua. Qua lquer um pode jogar. Não depende de idade nem de altura", afirma Rubens da Silva, 24, o Ratinho. Jogador há dez anos.
Ta mbé m conhecida como "str eetball", a modalidade surgiu como alternativa para os jovens que não dispunha m de uma quadra ou de um time para praticar o esporte tradicional.
Sem regras tão rígidas como no basquetebol, o jogo lembra mais um embate de rap do que uma partida esportiva.
Enqua nto os jogadores estão em ação, há um DJ cuidando do som e um MC narrando a disputa. Em alguns eve ntos como o Ca mpe onato, grafiteiros e dançarinos de brea k, os "b-boy s" também fazem sua arte enqua nto as equipes se enfrentam. "É o MC que faz o eve nto funcionar", explica MC Cezar.
Cantor de rap, que participa de eve ntos de "str eetball" há quatro anos, Cezar tem que se esforçar para dar conta do recado. Entre suas funções, estão as de dar informações técnicas, chamar a atenção para um comportamento agre ssivo e acelerar a platéia. Qua ndo o povo se anima, dança, canta e provoca os jogadores. Ao som de rap e hip hop, a torcida faz seu apelo aos garotos, também chamados de "ballers ". "Às vezes algué m invade a quadra", conta o jogador Bruno.
Sabendo que o que conta é o envolvimento da torcida, os jogadores investem mais em suas performances. "Ap esar de a vitória ser o objetivo, estou mais pre ocupado com os movimentos", revela Ratinho. Segundo ele, em São Paulo, o lugar mais indicado para roupas e acessórios é o andar térreo da Galeria do Roc k. "Mu itos dos vendedores também são jogadores."


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