|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CINEMA
Monstros do passado voltam a aterrorizar jovens em versão digital
Terror para morrer de rir
Divulgação
|
O sangue "escorre" solto em "Uma Noite Alucinante", de Sam Raimi |
LEANDRO FORTINO
DA REPORTAGEM LOCAL
Nos anos 80, os adolescentes dormiam
em paz. Até que os sonhos deles passaram a ser aterrorizados por um "serial
killer" com o rosto todo queimado e armado de luvas com garras afiadas.
Corta! Cinco jovens viajam para uma
casa de campo. Vasculhando objetos, encontram uma fita de rolo e um livro feito
de carne humana. Tocam a gravação,
com dizeres em uma língua morta, que
evoca um demônio que os possui um a
um. O sangue escorre sem precedentes.
As histórias acima são, respectivamente, os enredos de dois filmes que deixavam muitos jovens sem sono há mais de
20 anos e que agora são finalmente lançados em DVD: "A Hora do Pesadelo"
(1984), de Wes Craven, e "Uma Noite
Alucinante" (1981), de Sam Raimi.
O sadismo está presente nas duas
obras, de maneira diferente. No primeiro, Freddy Krueger, antes de matar os filhos de moradores da rua Elm, faz de tudo para que todos sofram o pior pânico
possível e ainda sejam desacreditados,
por se tratar de um assassino dos sonhos.
No segundo, o diretor Sam Raimi (de
"Homem-Aranha") faz o espectador sofrer com o maior banho de sangue já visto até então no cinema: uma garota é estuprada por uma árvore e os possuídos
pelo demônio só podem ser detidos após
terem os membros mutilados.
Os filmes parecem ser muito pesados,
mas não são, se os encararmos por outros pontos de vista. Em "Uma Noite
Alucinante", a mão cortada de um dos
possuídos ataca o protagonista e de cabeças cortadas jorram toda a gosma mais
nojenta, o que é definitivamente hilário,
principalmente duas décadas depois de
sua realização e seus efeitos precários.
Em "A Hora do Pesadelo", que chega
ao DVD em caixa com os três primeiros
filmes, Freddy é um assassino maldito,
mas consegue conquistar o público com
piadinhas sobre como jovens americanos podem ser muito bobocas. O filme é
também o primeiro trabalho de destaque de Johnny Depp e a morte dele é
uma das mais memoráveis do cinema de
terror. Dá para chorar de tanto rir.
Texto Anterior: Fique atento Próximo Texto: Conheça os originais do chato "Van Helsing" Índice
|