São Paulo, segunda-feira, 07 de junho de 2004

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CINEMA

Monstros do passado voltam a aterrorizar jovens em versão digital

Terror para morrer de rir

Divulgação
O sangue "escorre" solto em "Uma Noite Alucinante", de Sam Raimi


LEANDRO FORTINO
DA REPORTAGEM LOCAL

Nos anos 80, os adolescentes dormiam em paz. Até que os sonhos deles passaram a ser aterrorizados por um "serial killer" com o rosto todo queimado e armado de luvas com garras afiadas.
Corta! Cinco jovens viajam para uma casa de campo. Vasculhando objetos, encontram uma fita de rolo e um livro feito de carne humana. Tocam a gravação, com dizeres em uma língua morta, que evoca um demônio que os possui um a um. O sangue escorre sem precedentes.
As histórias acima são, respectivamente, os enredos de dois filmes que deixavam muitos jovens sem sono há mais de 20 anos e que agora são finalmente lançados em DVD: "A Hora do Pesadelo" (1984), de Wes Craven, e "Uma Noite Alucinante" (1981), de Sam Raimi.
O sadismo está presente nas duas obras, de maneira diferente. No primeiro, Freddy Krueger, antes de matar os filhos de moradores da rua Elm, faz de tudo para que todos sofram o pior pânico possível e ainda sejam desacreditados, por se tratar de um assassino dos sonhos.
No segundo, o diretor Sam Raimi (de "Homem-Aranha") faz o espectador sofrer com o maior banho de sangue já visto até então no cinema: uma garota é estuprada por uma árvore e os possuídos pelo demônio só podem ser detidos após terem os membros mutilados.
Os filmes parecem ser muito pesados, mas não são, se os encararmos por outros pontos de vista. Em "Uma Noite Alucinante", a mão cortada de um dos possuídos ataca o protagonista e de cabeças cortadas jorram toda a gosma mais nojenta, o que é definitivamente hilário, principalmente duas décadas depois de sua realização e seus efeitos precários.
Em "A Hora do Pesadelo", que chega ao DVD em caixa com os três primeiros filmes, Freddy é um assassino maldito, mas consegue conquistar o público com piadinhas sobre como jovens americanos podem ser muito bobocas. O filme é também o primeiro trabalho de destaque de Johnny Depp e a morte dele é uma das mais memoráveis do cinema de terror. Dá para chorar de tanto rir.


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