São Paulo, segunda-feira, 07 de julho de 2008

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música

Receita de sucesso

Coldplay é mais vendido seguindo fórmula pronta

JULIANA CALDERARI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"A motivação para esse álbum foi a música "Sing (to Me)" do Blur. Lembro-me de ouvi-la e pensar, "Ok, precisamos melhorar como banda'", afirmou o vocalista do Coldplay, Chris Martin, em entrevista para a imprensa no lançamento de "Viva la Vida". É justamente essa a impressão que a banda passa durante todo o disco: provar que melhoraram.
A fórmula bem sucedida (estão em primeiro lugar nos EUA e Inglaterra) da banda é explorada ao máximo nesse quarto álbum. As melodias emotivas e as letras com questionamentos universais resultam em músicas tão grandiosas e épicas que se tornam cansativas.
O álbum é todo permeado por uma sensação de déjà vu, em que você se pergunta onde ouviu aquela música antes. "Lover in Japan/Reign of Love", por exemplo, é puro U2.
Outro momento da empreitada pretensiosa da banda é a capa de "Viva". Assinada pelo designer Tappin Gofton, é uma intervenção numa obra de Eugène Delacroix.
"É basicamente a idéia da música "Viva la Vida", em que os revolucionários estão batendo na porta do palácio", disse o guitarrista Jonny Buckland. "E aí, piche os quadros com slogans e acabe com a obra de arte", completou Chris Martin.
O slogan, no caso, é o nome da natureza morta pintada pela mexicana Frida Kahlo. "Sobre o título, nenhum de nós sabe ao certo o porquê, exceto que era como o álbum deveria ser chamado", tenta explicar o vocalista, em raro momento de espontaneidade.



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