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Com boa trilha sonora, filme foge da escola à la Disney
"High School Band" conta história de garoto desajustado e fã de Bowie
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
EDITOR DO FOLHATEEN
S
e você ouve artistas como David Bowie, Velvet
Underground, U2 e The
Killers na escola, certamente já
notou que faz parte de uma minoria daquelas bem pequenas.
É a mesma minoria em que
está o garoto Will Burton, filho
de pais separados que mora
com a mãe (seu pai tem uma
história complicada...), vive isolado na escola e escreve um diário endereçado a David Bowie.
Will (vivido pelo ator novato
Gaelan Connell, um clone de
Shia LaBeouf) é o protagonista
de "High School Band", filme
que estreia nos cinemas nacionais na próxima sexta-feira.
Apesar do título "brasileiro"
(o original é "Bandslam", que é
o nome de uma competição de
bandas) e da presença de Vanessa Hudgens no elenco, o
longa não é mais uma cópia das
franquias bem-sucedidas da
Disney como "High School Musical" e "Camp Rock".
"O filme fala dos desajustados, tem muito mais conteúdo
do que as pessoas esperam, é
uma grande surpresa", diz a
atriz Lisa Kudrow (do seriado
"Friends") em entrevista à Folha. Ela faz a mãe de Will.
A história começa com o garoto se mudando de cidade e
entrando em uma nova escola,
onde encontra uma galera tão
lado B quanto ele -a gótica caladona Sa5m ("O 5 é mudo", explica a personagem vivida por
Vanessa Hudgens), os indies
nerds Bug e Omar.
Só que ele também faz amizade com a loiríssima Charlotte, ex-"cheerleader" que, por
motivos misteriosos, resolveu
abandonar seus ex-amigos populares para se juntar aos
"monstros" em uma banda que
compete no Bandslam (da qual
Will vira "empresário").
E dá-lhe música, mostrando
a preparação para o torneio de
bandas e Will se dividindo entre Sa5m e Charlotte.
Com uma trilha sonora à la
"Juno" (tem Bowie, Velvet,
Wilco, Nick Drake) e o foco nos
"losers" do colégio e na paixão
deles por música indie e por
rock, "High School Band" deve
agradar a quem não suporta Jonas Brothers, Demi Lovato etc.
Mesmo se você não faz parte
daquela minoria do primeiro
parágrafo, vale dar uma chance.
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