São Paulo, segunda-feira, 08 de janeiro de 2001

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TECNO
Napster fez barulho em 2000; vírus espertos têm menção honrosa na retrospectiva do ano

ALEXANDRE VERSIGNASSI
DA REPORTAGEM LOCAL

Tudo bem que as garrafas de Sidra Cereser já estão vazias na área de serviço há uma semana, mas, como o ano ainda não engatou, vamos a um clichê-mor: uma "Retrospectiva 2000".
Para começar, vamos a quem levou o ouro, levantou a taça e ficou com o caneco: o Napster, que apareceu em 99.
A justificativa para o título temporão é que o programa só pegou para valer em 2000, passando de cerca de 1,5 milhão de usuários em janeiro para mais de 30 milhões em dezembro.
E, como dizem nos comerciais tipo Tony Little, não é só isso: foi em 2000 que o Napster escapou da Justiça dos EUA, abalou as gravadoras e fez de Shawn Fanning, seu criador, uma das "Personalidades do Ano" da revista Time, aos 20 anos -não que isso seja grande coisa, já que aquele pequeno refugiado cubano, o Elián, também está lá, e ele tem 7.
Mas quem também merece um troféu, no quesito originalidade, são os vírus de computador: criaturas que ficaram mais apavorantes em 2000.
Aconteceu que essas pragas começaram a se espalhar via e-mail com mais facilidade. E a causa não foi só a tecnologia usada por seus criadores. A diferença foi que esses caras fizeram das mensagens contaminadas coisas mais atraentes. Afinal, quem aguenta ficar sem ver o que há em um e-mail cuja apresentação é um "ILOVEYOU", como aquele que trazia o vírus homônimo?
A sacada, aí, foi explorar aquelas fraquezas que todo mundo tem no coração. As mesmas que, aliás, fazem a gente ser tão parcial na hora de elaborar listas do tipo "melhores do ano". Fazer o quê?

E-mail - aversignassi@uol.com.br


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