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TECNO
Napster fez barulho em 2000; vírus espertos têm menção honrosa na retrospectiva do ano
ALEXANDRE VERSIGNASSI
DA REPORTAGEM LOCAL
Tudo bem que as garrafas de Sidra Cereser já estão vazias na área de serviço
há uma semana, mas, como o ano ainda
não engatou, vamos a um clichê-mor:
uma "Retrospectiva 2000".
Para começar, vamos a quem levou o
ouro, levantou a taça e ficou com o caneco: o Napster, que apareceu em 99.
A justificativa para o título temporão é
que o programa só pegou para valer em
2000, passando de cerca de 1,5 milhão de
usuários em janeiro para mais de 30 milhões em dezembro.
E, como dizem nos comerciais tipo
Tony Little, não é só isso: foi em 2000 que
o Napster escapou da Justiça dos EUA,
abalou as gravadoras e fez de Shawn Fanning, seu criador, uma das "Personalidades do Ano" da revista Time, aos 20 anos
-não que isso seja grande coisa, já que
aquele pequeno refugiado cubano, o
Elián, também está lá, e ele tem 7.
Mas quem também merece um troféu,
no quesito originalidade, são os vírus de
computador: criaturas que ficaram mais
apavorantes em 2000.
Aconteceu que essas pragas começaram a se espalhar via e-mail com mais facilidade. E a causa não foi só a tecnologia
usada por seus criadores. A diferença foi
que esses caras fizeram das mensagens
contaminadas coisas mais atraentes. Afinal, quem aguenta ficar sem ver o que há
em um e-mail cuja apresentação é um
"ILOVEYOU", como aquele que trazia o
vírus homônimo?
A sacada, aí, foi explorar aquelas fraquezas que todo mundo tem no coração.
As mesmas que, aliás, fazem a gente ser
tão parcial na hora de elaborar listas do
tipo "melhores do ano". Fazer o quê?
E-mail - aversignassi@uol.com.br
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