São Paulo, segunda-feira, 08 de maio de 2000


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Fantomas e Múmia fizeram luta histórica

da Redação

A luta livre se popularizou no Brasil em meados dos anos 60, quando a TV Excelsior começou a transmitir o programa "Telecatch Rum Montilla". Depois, a modalidade foi exibida na Globo, Bandeirantes e Record.
Um dos maiores ídolos da luta foi Fantomas, um mascarado que tinha um problema na perna. "O primeiro lutador que interpretou o Fantomas mancava de uma perna", lembra o veterano Michel Serdan, sem revelar o nome do homem que fazia o personagem. "Depois que ele abandonou os ringues, o outro que veio fazer o Fantomas também precisou mancar, para que o público não estranhasse".
O auge da carreira de Fantomas, que aliás foi inspirado num personagem mexicano, o Demônio Azul, foi uma luta em julho de 1979, em São Paulo, contra a Múmia, realizada dentro de uma jaula. Fantomas ganhou e sagrou-se campeão da luta livre.
Outra luta memorável reuniu Michel Serdan e Aquiles, o "Matador". "O Aquiles enlouqueceu", lembra Serdan. "Ele me deu uma pancada na cabeça e me arremessou para fora do ringue. Caí em cima de uma cadeira e quase morri. Daí levantei, meio desnorteado, e vi um pedaço de caibro no chão. Não tive dúvida: dei uma pancada na perna dele e quebrei a perna do Aquiles."
A última aparição mais séria da luta livre na TV rolou no início dos anos 90, na Record. Mas as coisas degringolaram depois que um lutador chamado Diabo Loiro começou a se destacar. "Os pastores evangélicos da Record vieram me dizer que aquele lutador nunca poderia ganhar uma luta na emissora", diz Michel Serdan, que dirigia o programa. "O pior é que vários lutadores meus tinham nomes de diabo. Os pastores queriam mudar o nome do Satã para Shazan, o do Diabo Loiro para Moisés, e o do Demônio Cubano para Valdemar. Aí não deu." (AB)


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