São Paulo, segunda-feira, 08 de maio de 2000


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A banda que o Abril pro Rock não viu

CLAUDIA ASSEF
da Reportagem Local

Pouca gente viu a banda nova mais bacana do Abril pro Rock deste ano em ação.
A Guizzzmo, de Salvador (BA), fez um show para lá de cool, com os quatro músicos da banda empolgadíssimos no palco. Pena foi o horário da apresentação: escalada para encerrar o festival, a Guizzzmo tocou para meia dúzia de bebuns no último dia do festival recifense.
Apesar do quorum risível, a banda agia como se estivesse num estádio lotado. "Só o fato de tocar no Abril já deixou a gente empolgado", diz o guitarrista Apu, que, no palco, remete ao estilo introspectivo e viajandão de tocar de John Frusciante (Chili Peppers).
As influências totalmente diferentes dos integrantes estão no som da banda. Apu é fã de Jimi Hendrix e Pink Floyd; o vocalista Evandro gosta de psicodelia e música nordestina; Romã, a responsável por samplers e programação eletrônica, ouve Atari Teenage Riot; e a percussionista Michele curte batucada regional.
O resultado é um som que reúne pirações na guitarra, na linha de Pink Floyd da era Syd Barret, percussão tribal, programação eletrônica pesada e sutilezas que saem do teclado. Detalhe: as letras, todas em português, são para lá de piradas.
A Guizzzmo, que toca com a formação atual desde o fim de 99, gravou, por enquanto, um CD demo com nove músicas (todas elas estão disponíveis em formato MP3 no site http://hp.bahianews.com.br/ guizzzmo!).


"A gente tem várias músicas prontas, daria para encher bem mais do que um disco", garante Apu. Além do som bacana, a banda consegue impressionar pelo impacto visual.
"Todo mundo na banda é muito diferente", diz o guitarrista. E não é mentira. Evandro, o vocalista, faz a linha Billy Corgan, carecão e compenetrado; Romã, com ar deprê, lembra Gillian Gilbert, a tecladista do New Order; e a percussionista Michele parece ter saído de uma roda de capoeira. Sorte de quem viu.



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