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INTERNETS
RONALDO LEMOS - ronaldolemos09@gmail.com
Jornalismo não precisa ser chato
A REVISTA "Foreign Policy"
("Política Externa") publicou há duas semanas uma
lista de humoristas que fazem jornalismo.
No Brasil, falou do Marcelo Tas, que hoje dá show
no "CQC", mas, desde
quando tinha cabelo, já fazia sátiras políticas, como Ernesto Varela (quem nunca viu deve ver, pois é imperdível: bit.ly/qT6Kb.
O Tas dos EUA chama-se
John Stewart. Enquanto, no
Brasil, os políticos fogem
dos humoristas, lá o presidente Barack Obama correu para ser entrevistado
por ele na véspera das eleições da semana passada.
Obama ouviu perguntas
duras que dificilmente jornalistas "sérios" fariam. Ficou contra a parede, enquanto a audiência ria.
Por trabalho, leio ao menos menos dois jornais todos os dias e assisto a um
bom tempo de notícias na
TV. Confesso que há um
masoquismo nisso: o jornalismo anda muito chato. Tudo é excessivamente solene
e sério. Quando há descontração, o clima é de um tio
mala que decide ir dançar
com a galera na festa. Fail.
Por isso, jovens estão cada vez menos interessados
em jornais e TV. Vão continuar assim quando crescerem. Preferem a internet. É
lá que as fronteiras entre
humor e jornalismo são derrubadas pra valer.
Enquanto TVs se preocupam com mudanças de cenário, moleques como os
Gregory Brothers dão uma
lição de possibilidades.
Com o projeto "Auto-tune
the news", usam o software
que torna a voz anasalada
(popularizado por cantores
de hip-hop) em apresentadores de notícias, debates
políticos e assim por diante.
O resultado é hilário, do
famoso vídeo Bed Intruder
(bit.ly/98V4yk) a remixes
eleitorais. Assim, falam de
saúde, crise habitacional e
aquecimento global.
Outro exemplo é a Next
New Media, que faz animações para ilustrar notícias. O
resultado é parecido com
um game (bit.ly/ayLLoI).
O jornalismo precisa correr riscos. Mais humor pode
servir de ponte entre gerações, além de tornar minha
vida mais agradável.
Já era
Ter de assistir a vídeos um a um
Já é
Sites que recomendam vídeos de acordo com o gosto pessoal, como o video.stumbleupon.com
Já vem
Mais serviços que transformam vídeos da web em programação customizada
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