Trio Borderlinerz mira FMs e novelas em novo disco

DA REPORTAGEM LOCAL

Eles surgiram com os olhos pintados e roupas extravagantes e eram frequentemente associados à estética glam rock.
Hoje, com seis anos de estrada, o trio paulistano Borderlinerz não nega seu passado underground, mas também não esconde uma irresistível vontade de fazer sucesso e de conquistar o mainstream.
"A gente quer atingir um público maior, quer tocar no rádio, na TV. Nunca levantamos a bandeira de banda indie", diz o vocalista e único membro remanescente da formação original da banda, Zeh, 29.
O desejo de sucesso fica claro para quem ouve o novo CD, "A Verdade Sobre a Mentira", que traz um pop rock digno de FM e de trilha de novela, com letras sobre angústias adolescentes e amores perdidos.
"O som saiu desse jeito naturalmente, não criamos as músicas já pensando no sucesso. Acho que está bem pop, mas com a cara do Borderlinerz. Nós amadurecemos musicalmente", diz o cantor.
Como referências para a nova fase da banda, ele cita grupos americanos como Foo Fighters e Queens of the Stone Age, que fazem um som "pesado, mas acessível".

Longo processo
Terceiro trabalho do grupo, que debutou em 2003 com "Elviz" e lançou em 2005 "O Simplez É Complexo", o disco começou a ser elaborado em meados de 2007, quando a banda começou a pré-produção.
A gravação foi a etapa mais rápida: três semanas no início de 2008. Seguiram-se, então, seis meses de mixagem e mais um ano de negociações com gravadoras e selos.
"A gente precisava de uma estrutura maior para fazer o lançamento do disco. Somos músicos, mas muitas vezes temos que fazer o papel de empresário, produtor, cuidar do marketing", conta Zeh, que também toca .
A nova sonoridade também é fruto de uma banda mais compacta. Com a saída do baixista Carlos H, o Borderlinerz virou um trio. "Acho que o som ficou mais cru, mais direto."
Na próxima segunda-feira, dia 16, eles lançam o disco em show no clube Vegas (r. Augusta, 765, São Paulo, R$ 20).
(LETICIA DE CASTRO)


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