São Paulo, segunda-feira, 09 de abril de 2001

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TECNO

A Internet periga ficar igual à televisão: você vai ter de pagar para ver coisas que prestem

ALEXANDRE VERSIGNASSI
DA REPORTAGEM LOCAL

Não tem jeito. Acordou, você já está gastando dinheiro. O cara sai de casa, pega um busão, um metrô, come um dog prensado e pronto: já mandou mais de cinco contos para o espaço. Ficar em casa também não resolve. Se o ser não paga TV a cabo, tem de se virar com 1406, sermão de pastor e Bonde do Tigrão. Para piorar, a Internet também periga tornar pago o acesso aos sites que prestam.
Um dos mais legais deles, o www.salon.com, já prometeu começar com a coisa. A página traz uma das revistas mais legais e mais conhecidas da rede, só que está na pendura. Por isso, ela está lançando um tal de "Salon Premium": quem quiser ver o site sem janelas com anúncios terá de pagar US$ 30 (mais de R$ 60) por ano.
Outro que está com um esquema parecido é o www.mp3.com. O site divulga o som de bandas novas e tem um serviço chamado "Payback for Playback", que dá uma grana para as bandas que tiverem mais músicas ouvidas por quem entra na página. Antes, isso era aberto para qualquer um que colocasse um MP3 próprio ali. Agora, para participar da coisa, o cara tem de pagar US$ 19,99 por mês. Ou seja: o grosso das bandas vai acabar é no prejuízo mesmo.
Mais uma: a enciclopédia "Britannica" (www.britannica.com) também quer começar a cobrar. Uma pena maior, aliás, já que o site dela tem o conteúdo dos 32 calhamaços da versão em papel.
Mas o pior é o Napster. Depois de ter avisado que também vai virar um troço pago, pediu para que seus usuários fizessem uma passeata a favor dele na semana passada. Tá pensando o quê?

E-mail - aversignassi@uol.com.br



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