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TECNO
A Internet periga ficar igual à televisão: você vai ter de pagar para ver coisas que prestem
ALEXANDRE VERSIGNASSI
DA REPORTAGEM LOCAL
Não tem jeito. Acordou, você já está
gastando dinheiro. O cara sai de casa,
pega um busão, um metrô, come um dog
prensado e pronto: já mandou mais de
cinco contos para o espaço. Ficar em casa
também não resolve. Se o ser não paga
TV a cabo, tem de se virar com 1406, sermão de pastor e Bonde do Tigrão. Para
piorar, a Internet também periga tornar
pago o acesso aos sites que prestam.
Um dos mais legais deles, o www.salon.com, já prometeu começar com a
coisa. A página traz uma das revistas
mais legais e mais conhecidas da rede, só
que está na pendura. Por isso, ela está
lançando um tal de "Salon Premium":
quem quiser ver o site sem janelas com
anúncios terá de pagar US$ 30 (mais de
R$ 60) por ano.
Outro que está com um esquema parecido é o www.mp3.com. O site divulga o
som de bandas novas e tem um serviço
chamado "Payback for Playback", que
dá uma grana para as bandas que tiverem mais músicas ouvidas por quem entra na página. Antes, isso era aberto para
qualquer um que colocasse um MP3
próprio ali. Agora, para participar da coisa, o cara tem de pagar US$ 19,99 por
mês. Ou seja: o grosso das bandas vai
acabar é no prejuízo mesmo.
Mais uma: a enciclopédia "Britannica"
(www.britannica.com) também quer
começar a cobrar. Uma pena maior,
aliás, já que o site dela tem o conteúdo
dos 32 calhamaços da versão em papel.
Mas o pior é o Napster. Depois de ter
avisado que também vai virar um troço
pago, pediu para que seus usuários fizessem uma passeata a favor dele na semana
passada. Tá pensando o quê?
E-mail - aversignassi@uol.com.br
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