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São Paulo, segunda-feira, 09 de junho de 2003

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SHOW

Domingo Rock reúne bandas independentes no Blen Blen

Com o pé fora da garagem

DA REPORTAGEM LOCAL

Se você é daqueles que curtem um som independente, mas não tem estômago (nem ouvidos) para enfrentar shows em bares "trash", com som tosco, anime-se. No próximo domingo (15/6), às 20h, acontece a primeira noite do projeto Domingo Rock, no Blen Blen (r. Inácio Pereira da Rocha, 520, tel. 0/xx/11/3815-4999).
Frila, Lava, Forgotten Boys e Garage Fuzz são as bandas que inauguram o projeto, ainda com continuação indefinida.
"A idéia do projeto dar visibilidade a bandas que circulam pelo underground. Esse primeiro show é um piloto. Se der certo, faremos uma noite por mês, sempre levando bandas novas", explica o promotor Marcos Sassa.
Quem topar trocar a dobradinha pizza e "Fantástico" pelo rock no próximo domingão verá, no palco, pelo menos dez anos de história indie.
A noite começa com os novatos do Frila. Com formação clássica de duas guitarras, baixo, bateria e vocal, faz um som pesado, que mistura metal, hardcore e hip hop brasileiro.
Apesar de ter gravado o primeiro CD no começo do ano, o vocalista Rodrigo Giannetto, 22, diz que o som evoluiu bastante, e promete um show surpreendente. "Vamos tocar umas oito músicas, incluindo uma versão de "Mova-se", rap do DMN."
Na sequência, toca o Lava, quase uma banda de garotas, formada pelas veteranas Alê (ex-Pin Ups) e Silvana (ex-Dominatrix).
Desde 96, o Lava teve várias formações só com meninas até que, há um ano e meio, incorporou o guitarrista Danilo.
Testosterona à parte, a influência de grupos como Bikini Kill é evidente.
"Vamos fazer um show de 45, 50 minutos, e tocar o repertório do disco [o bom "La Motocyclette'], mais duas novas e um cover do Thin Lizzy, "Jailbreak'", antecipa a vocalista Silvana Mello, 35.
Depois, entra no palco o Forgotten Boys, uma das bandas mais legais do cenário independente.
Agora um quarteto, com a adição de Fralda, do Ratos de Porão, no baixo, e a migração de Chuk Hipolitho para a guitarra, a banda -que conta ainda com Gustavo Riviera nos vocais e guitarra e Flavio Cavichioli na bateria- promete quebrar tudo (no sentido figurado). "A gente não vai se conter e vai tocar como em qualquer barzinho "trash'", diz Gustavo Riviera, 25. No cardápio, músicas do CD "Gimme More" e um possível cover dos Stooges, influência declarada da banda.
Para terminar, uma hora ao som do Garage Fuzz. Formada há dez anos, a banda ficou famosa por seu hardcore melódico, tocado com duas guitarras, baixo e bateria.
"Vamos mostrar músicas do próximo disco, que devemos gravar no meio do ano", conta o vocalista Farofa, 29, que diz ter deixado de lado o hardcore melódico em favor de um som "mais elaborado".
O ingresso para o Domingo Rock custa R$ 20, mas, até as 21h, ele sai por R$ 10.
(GUILHERME WERNECK)



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