São Paulo, segunda-feira, 09 de junho de 2008

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música

chega de drama

Portishead perde o clima

DA REPORTAGEM LOCAL

O som do trio inglês Portishead nunca foi fácil de digerir, mas ficava compreensível uma vez entrando no espírito soturno de suas músicas, lá no final dos anos 1990. Onze anos se passaram e eles retornam com o intragável "3" (leia "third", terceiro), que, sinceramente, poderia se chamar "last" (último).
O clima cinematográfico das músicas da década passada perdeu espaço para um experimentalismo ultrapassado, parecido com as já caducas maluquices sonoras da cantora islandesa Björk. Assim, é dureza encarar as 11 faixas de "3".
Já na abertura, uma voz de homem em português brasileiro diz: "Esteja alerta para a regra dos três (sic)". O correto seria "regra de três" e o erro faz com que o resto do texto falado perca muito o sentido de equilíbrio que provavelmente a banda queria passar.
Nem a voz marcante da dramática Beth Gibbons conseguiu devolver a personalidade sonora do trio. Até seu fraco disco solo, "Out of Season", de 2002, soava melhor que este. E, pela a expectativa que cercava o novo álbum, Portishead deveria ter permanecido na década passada. (LEANDRO FORTINO)


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