São Paulo, segunda-feira, 09 de agosto de 2004

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Os quadrinhos vão à escola

DIEGO ASSIS

"Hoje vamos deixar o Eric Hobsbawn de lado. Por favor, abram os seus quadrinhos do "Asterix" na página 25." Loucura? Não. Já era mais do que hora de as HQs serem reconhecidas como material de estudos obrigatório, do primário à faculdade. O professor da USP Waldomiro Vergueiro, que dá aula de (sim!) histórias em quadrinhos para futuros jornalistas e editores, vem fazendo isso há tempos e lança agora o livro "Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula". Só não vai entender o recado quem não quiser: escrito a várias mãos com outros especialistas da área, o livro explica para o seu professor como o quadrinho-reportagem "Palestina", de Joe Sacco, "Watchmen", de Alan Moore, e o mangá "Gen: Pés Descalços", entre tantos outros, podem ser usados como autênticos livros de história, geografia e, é claro, artes. Junto com essa iniciativa, que também vem sendo tomada por pesquisadores de todo o país, como a profª. Sonia Luyten, em Santos, e Henrique Magalhães, na Paraíba, os quadrinhos também viraram tese de mestrado de Cristina Xavier, que usou HQs de "Spawn", de Todd McFarlane, para falar sobre mito e religiosidade na adolescência. Quer saber de onde vem o nome do vilão Malebolgia, as tais dez esferas do inferno de Spawn e outros tantos significados escondidos da história? O texto, publicado pela editora Difusão, conta.

Por falar em inferno...
Zé do Caixão, um dos personagens mais famosos dos quadrinhos de horror brasileiros, finalmente conseguiu a sua "herdeira perfeita". E é uma vampira. Escrito por Mariliz Marins, filha de Mojica, "Liz Vamp" tem lançamento nesta sexta-feira, 13, em SP. Em comemoração ao recém-criado Dia do Vampiro, o gibi será distribuído no hospital das Clínicas... em troca de um pouco do seu sangue. Duvida? www.vampira.com.br.


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