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Os quadrinhos vão à escola
DIEGO ASSIS
"Hoje vamos deixar o
Eric Hobsbawn de
lado. Por favor,
abram os seus quadrinhos do "Asterix"
na página 25." Loucura? Não. Já era mais
do que hora de as HQs serem reconhecidas como material de estudos obrigatório, do primário à faculdade. O professor da USP Waldomiro Vergueiro, que
dá aula de (sim!) histórias em quadrinhos para futuros jornalistas e editores,
vem fazendo isso há tempos e lança agora o livro "Como Usar as Histórias em
Quadrinhos na Sala de Aula". Só não vai
entender o recado quem não quiser: escrito a várias mãos com outros especialistas da área, o livro explica para o seu
professor como o quadrinho-reportagem "Palestina", de Joe Sacco, "Watchmen", de Alan Moore, e o mangá "Gen:
Pés Descalços", entre tantos outros, podem ser usados como autênticos livros
de história, geografia e, é claro, artes.
Junto com essa iniciativa, que também
vem sendo tomada por pesquisadores
de todo o país, como a profª. Sonia Luyten, em Santos, e Henrique Magalhães,
na Paraíba, os quadrinhos também viraram tese de mestrado de Cristina Xavier,
que usou HQs de "Spawn", de Todd
McFarlane, para falar sobre mito e religiosidade na adolescência. Quer saber
de onde vem o nome
do vilão Malebolgia,
as tais dez esferas do
inferno de Spawn e
outros tantos significados escondidos da
história? O texto, publicado pela editora
Difusão, conta.
Por falar em inferno...
Zé do Caixão, um dos personagens mais famosos dos quadrinhos de horror brasileiros, finalmente conseguiu a sua "herdeira perfeita". E é uma
vampira. Escrito por Mariliz Marins, filha de Mojica, "Liz Vamp" tem lançamento nesta sexta-feira, 13, em SP. Em comemoração ao recém-criado
Dia do Vampiro, o gibi será distribuído no hospital das Clínicas... em troca de um pouco do seu sangue. Duvida? www.vampira.com.br.
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