São Paulo, segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

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INTERNETS

RONALDO LEMOS - ronaldolemos09@gmail.com

Minha própria lista de melhores de 2010

ACABA DE sair no Brasil o livro "A Vertigem das Listas", do escritor italiano Umberto Eco. Ele mostra como a mania de fazer enumerações vem de muito antes das paradas da "Billboard" ou do escritor inglês Nick Hornby, que consagrou as listinhas no universo pop.
E "vertigem" é a palavra certa. Com a internet bombando, o que não falta são listas de "melhores do ano".
Blogs, sites, revistas e até tuiteiros fazem questão de compilar a sua. Cada um expressando sua visão privilegiada do mundo.
Faz sentido. Com a avalanche de informações, ficou cada vez mais importante recorrer a guias e referências para ordenar tudo e descobrir coisas novas. Costume que, como mostra Umberto Eco, vem desde a Grécia antiga, com a "Ilíada"!
De qualquer maneira, a pluralidade de listas é tanta que dá para pensar até em metalistas, enumerando as melhores listas do ano sobre cada assunto. Mas esse assunto fica para depois.
Meu propósito com esta coluna é contribuir para o oceano de classificações, dando ao mundo uma coisa de que ele certamente não precisa: minha própria lista de melhores de 2010.
No quesito games, o destaque foi "Starcraft 2", que já mencionei como um dos eventos culturais do ano. Ganhou pontos o fato de o game ter sido lançado no Brasil oficialmente e com um sistema de preços inteligente e camarada.
Em quadrinhos, o lançamento do ano foi a caixa de Pascal Brutal (amzn.to/hSg4ck), do quadrinista e cineasta francês Riad Sattouf. Ele faz chacota da masculinidade "thug" (ogra) levada ao extremo.
E o livro do ano foi "Zero History", do William Gibson, especialmente por mostrar como é difícil ser "moderno" em um mundo que se transforma a cada minuto.
Nele, os personagens ultramodernos ainda usam iPhones, quando todos já sabem que o chique agora são celulares com Android.
É isso, minha listinha só tem três itens. Feliz 2011!

JÁ ERA
Pet Shop Boys marcando a geração 90

JÁ É
Bandas se inspirando na melancolia da geração 90

JÁ VEM
O lançamento do novo álbum do Destroyer, "Kaputt", que revive o clima "Being Boring"


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