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São Paulo, segunda-feira, 10 de fevereiro de 2003

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CARTAS

TROTE DIVIDE ESTUDANTES, E TEXTOS SOBRE O FÓRUM SOCIAL MUNDIAL DECEPCIONAM LEITORA

Trote violento
"A respeito da reportagem sobre os trotes violentos praticados nas universidades (ed. de 3/2), deixo meu manifesto e conto a péssima experiência que tive quando entrei no curso de turismo da PUC-Campinas em 2002. Eu e uns amigos pensávamos que enfrentaríamos o "trote tradicional" -pintar a cara e raspar a cabeça-, mas foi muito além disso. Os veteranos obrigaram alguns a fumar maconha, outros garotos a se beijarem na boca e moças a ficarem nuas na frente de todos. Foi uma humilhação total." Alexandre Dall'Onder, 20 - Paulínia, SP

A selvageria continua
"Sou aluna da Esalq-USP e achei bastante oportuna a reportagem "Trote sem medo" (ed. de 3/2). É verdade que várias atitudes vêm sendo tomadas para amenizar tamanha brutalidade durante a recepção dos calouros. Porém é ilusório acreditar que essas iniciativas sejam suficientes. No caso específico da Esalq, a maratona de trote (mais conhecido como "ralo') prolonga-se até, pelo menos, 13 de maio. Eu acredito que uma agravante dessa questão seja o posicionamento da diretoria da universidade, que insiste em fazer "vistas grossas". Ao mesmo tempo, estudos e trabalhos justos sobre o assunto, como os realizados pelos professores Oriowaldo Queda e Antônio Almeida, são desvalorizados e menosprezados por alunos e docentes da instituição." C.B. - Piracicaba, SP

Não é o que parece
"Sou aluna do quinto ano de agronomia da Esalq-USP e gostaria de informar que o trote no campus de Piracicaba não é como o professor Queda cita na reportagem de 3/2. Raspar o cabelo e ser pintado é uma comemoração pelo ingresso na faculdade. E, se ganhar um apelido leva à violência, como ele diz, gostaria que ele me respondesse por que 99,9% dos alunos usam o apelido dado até depois de formados." Carolina Bianchi, 21 - Piracicaba, SP

Registro frustrante
"A reportagem sobre o Fórum Social Mundial (ed. de 3/2) foi no mínimo frustrante para leitores que, como eu, esperavam uma ótima cobertura por parte do Folhateen. O que recebemos foram três quartos de uma página falando sobre quão sociáveis eram os participantes do acampamento, enfocando o incrível tema: sexo nas barracas. E, no quarto restante da página, um apanhado bem geral sobre as manifestações ocorridas. Assuntos como o clima do acampamento e sobre as palestras, sobre o que, enfim, se conseguiu com o FSM foram deixados de lado. Uma questão de prioridades." Paola Tane, 18 - São Paulo, SP

Contra a miopia fashion
"Mostro minha intolerância em relação à visão da leitora Denise Ramirez sobre a moda brasileira, que ela acusa de não poder representar o país (ed. de 3/2). Se você procura roupas modernas, baratas e de qualidade, diversas lojas populares oferecem esses produtos, que, com certeza, copiam os grandes nomes da moda brasileira. Que você não consuma esse tipo de grife e duvide até da beleza de nossas modelos eu entendo. Mas querer que só a imagem do atraso do nosso país seja mostrada é demais. O ideal seria estampar a miséria e a fome para que o Brasil estivesse bem representado?" Arthur Sued Abdala, 18 - Alphaville, SP



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