São Paulo, segunda-feira, 10 de setembro de 2007

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Uruguai, Chile, Argentina: conheça os indies latinos

DA REPORTAGEM LOCAL

Um mistério do pop é a dificuldade de o Brasil interagir com a música produzida nos países vizinhos. Eles até nos ouvem, mas dificilmente artistas de outras partes da América Latina emplacam por aqui.
Isso numa escala maior; com os independentes, a coisa melhora um pouco. Indies são, antes de mais nada, ratos de internet, vale lembrar, e gostam de fuçar música mundo afora.
A compilação "Porque Este Océano Es el Tuyo, Es el Mío", por exemplo, com 17 bandas de países da América Latina, mostra que é possível criar uma sonoridade em comum entre tantos países próximos.
Como um dos parceiros do projeto é o selo carioca Midsummer Madness, várias das músicas são calcadas no rock inglês e norte-americano dos anos 90, na linha mais melódica e melancólica, como Pavement, Spiritualized e Ride.
É o caso do Amelia (Uruguai), que vem com "Adiós", ou o mexicano Lissa, que injeta psicodelia em "Mi Amigo Reno". Gepe, do Chile, chega a lembrar os momentos mais inspirados de Morrissey, em "Namás", enquanto o Modular, em "Encapsulados", é uma versão argentina do som retrô/kitsch do franco-britânico Stereolab.
O Brasil vem bem representado pelo rock dadaísta do carioca Luisa Mandou um Beijo e pelos eficientes Bazar Pamplona, Filme e Apanhador Só.
Mas, é claro, não se tratam de meras cópias. Há influências regionais específicas quase imperceptíveis, mas que acrescentam um interesse extra à sonoridade. (BRUNO YUTAKA SAITO)

PORQUE ESTE OCÉANO ES EL TUYO, ES EL MÍO
Vários artistas
www.sinopuedobailar.com
Ouça:
"Adiós", do Amelia



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