São Paulo, segunda-feira, 12 de junho de 2006

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Férias

Pé na estrada

A menos de 20 dias do começo das férias, o Folhateen preparou um guia para os mochileiros de primeira viagem; confira as dicas de quem já viajou, para evitar roubadas

LETICIA DE CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL

A contagem regressiva para as férias de julho já começou. Para os aventureiros, nada melhor que o bom e velho "mochilão", uma opção barata para conhecer vários lugares.
Mas se você pensa que basta uma mochila nas costas, uns trocados no bolso e espírito aventureiro para curtir a temporada, está enganado.
Para evitar roubadas e aproveitar a viagem ao máximo, o melhor é planejar e pesquisar antes de pegar a estrada.
Antes de encarar o mochilão, a estudante Andréa Ribela, 20, já tinha ido para a Bahia com uma amiga e os pais. A experiência facilitou na hora de programar a primeira viagem sozinha. "Como eu já conhecia o lugar, foi fácil convencer meus pais a me deixarem ir", diz.
A primeira viagem sem adultos foi em 2004 e o roteiro incluiu Salvador, Morro de São Paulo, Barra Grande, Itacaré e Trancoso. Sem reservas, ela entrava nas pousadas ao chegar nas cidades para perguntar preços e dar uma olhada nos quartos. "Nunca tive dificuldade para achar hospedagem", conta a estudante.
Para ela, a vantagem desse esquema de viagem é que, além de mais barato, dá mais flexibilidade para alterar o roteiro. "Quando saí de São Paulo, o nosso roteiro tinha Santo André (praia próxima a Porto Seguro), mas no meio da viagem a gente trocou por Itacaré."
Dany Simon, 18, também já encarou dois mochilões na Bahia. Nas duas ocasiões, calculou o quanto poderia gastar por dia e não estourou o orçamento. Além de pesquisar os preços de hospedagem e PFs (prato-feito), ele também pechinchava quando podia. "Achei que ia faltar dinheiro, mas no final sobrou", conta o estudante, que ficou em pousadas, albergues e campings.
Para programar a viagem, ele levantou informações durante dois meses na internet, em guias e conversou com pessoas que já tinham viajado para lá.
Mochileiro veterano e adepto do turismo ecológico, o estudante Diego Apolinário, 18, curte caminhadas. Já foi para Itatiaia (RJ) e para o sul de Minas Gerais.
Em 2004, ele foi para a Pedra do Baú, em São Paulo, próximo a Campos do Jordão. Na mochila, que pesava 21 quilos (1/3 do peso de Diego, o máximo permitido), além de roupas, acessórios e comida, havia barraca, saco de dormir, isolante térmico (um cobertor fininho) e fogareiro para cozinhar.
Para chegar à Pedra do Baú, ele encarou um dia inteiro de caminhada, saindo de São Bento do Sapucaí. "Eu andava devagar, curtindo a paisagem e parava quando batia o cansaço", conta.


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