São Paulo, segunda-feira, 12 de novembro de 2007

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Cinema

Rebelde sem causa

Filme do Chorão conta a história de roqueiro desajustado que descobre o amor

DA REPORTAGEM LOCAL

Idealizado por Chorão, líder do Charlie Brown Jr., "O Magnata" entra em cartaz na sexta transportando para a tela de cinema o universo da banda. Estão lá o skate, o rock, o surfe, o hip hop, os manos e as gírias quase incompreensíveis.
O filme conta a história de um típico rebelde sem causa, André, o Magnata em questão, vivido por Paulo Vilhena.
Vocalista de uma banda punk com letras sexistas, sua vida se resume à tríade mais batida da juventude: sexo, drogas e rock'n'roll. Podemos incluir aqui também uma dose de deslumbre pela marginalidade.
Rico e bem-nascido, o garoto adora exibir a arma que acabou de comprar e não hesita quando um mano o convoca para roubar uma Ferrari numa loja. Só por diversão, obviamente.
No mundo do Magnata, as mulheres são meros objetos para o exibicionismo do rapaz.
Até que ele conhece Adriana (Rosanne Mulholland), uma aspirante a escritora recém-chegada dos EUA. Acostumado a ser paparicado pelos amigos e disputado pelas garotas, ele é esnobado pela menina e se apaixona por ela.
O que segue é previsível: o pobre menino rico, hedonista e inconseqüente, subitamente descobre o amor e resolve se "endireitar", quando percebe que é tarde demais e que os erros do passado o perseguem.
O moralismo fica ainda mais explícito quando o filme explica a origem do desajuste do popstar: mãe alcoólatra e ausente, pai morto quando ele era ainda moleque.

Moderno
O orçamento de R$ 5 milhões, o mesmo de "A Grande Família" -maior bilheteria nacional do ano no país-, ajudou a dar um verniz mais modernoso ao projeto e torná-lo atraente ao público jovem.
A produção contou com a participação de gente que entende de cinema, como Bráulio Mantovani (roteirista de "Cidade de Deus" e de "Tropa de Elite", entre outros), que colaborou no roteiro. A direção ficou por conta de Johnny Araujo, premiado diretor de videoclipes, que transportou essa linguagem para o projeto.
O ritmo frenético e um monte de participações especiais (de Tiririca a João Gordo) dão agilidade ao enredo fraco e um tanto óbvio do vocalista, que aproveita para fazer seu próprio merchandising, mostrando sua pista de skate e um show do Charlie Brown Jr.
(LETICIA DE CASTRO)

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