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Cinema
Rebelde sem causa
Filme do Chorão conta a história de roqueiro desajustado que descobre o amor
DA REPORTAGEM LOCAL
Idealizado por Chorão,
líder do Charlie Brown
Jr., "O Magnata" entra
em cartaz na sexta
transportando para a tela de cinema o universo da banda. Estão lá o skate, o rock, o
surfe, o hip hop, os manos e as
gírias quase incompreensíveis.
O filme conta a história de
um típico rebelde sem causa,
André, o Magnata em questão,
vivido por Paulo Vilhena.
Vocalista de uma banda punk
com letras sexistas, sua vida se
resume à tríade mais batida da
juventude: sexo, drogas e
rock'n'roll. Podemos incluir
aqui também uma dose de deslumbre pela marginalidade.
Rico e bem-nascido, o garoto
adora exibir a arma que acabou
de comprar e não hesita quando um mano o convoca para
roubar uma Ferrari numa loja.
Só por diversão, obviamente.
No mundo do Magnata, as
mulheres são meros objetos
para o exibicionismo do rapaz.
Até que ele conhece Adriana
(Rosanne Mulholland), uma
aspirante a escritora recém-chegada dos EUA. Acostumado
a ser paparicado pelos amigos e
disputado pelas garotas, ele é
esnobado pela menina e se
apaixona por ela.
O que segue é previsível: o
pobre menino rico, hedonista e
inconseqüente, subitamente
descobre o amor e resolve se
"endireitar", quando percebe
que é tarde demais e que os erros do passado o perseguem.
O moralismo fica ainda mais
explícito quando o filme explica a origem do desajuste do
popstar: mãe alcoólatra e ausente, pai morto quando ele era
ainda moleque.
Moderno
O orçamento de R$ 5 milhões, o mesmo de "A Grande
Família" -maior bilheteria nacional do ano no país-, ajudou
a dar um verniz mais modernoso ao projeto e torná-lo atraente ao público jovem.
A produção contou com a
participação de gente que entende de cinema, como Bráulio
Mantovani (roteirista de "Cidade de Deus" e de "Tropa de
Elite", entre outros), que colaborou no roteiro. A direção ficou por conta de Johnny Araujo, premiado diretor de videoclipes, que transportou essa
linguagem para o projeto.
O ritmo frenético e um monte de participações especiais
(de Tiririca a João Gordo) dão
agilidade ao enredo fraco e um
tanto óbvio do vocalista, que
aproveita para fazer seu próprio merchandising, mostrando sua pista de skate e um show
do Charlie Brown Jr.
(LETICIA DE CASTRO)
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