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Participantes chegam a vir de Rondônia e de Angola
DA REPORTAGEM LOCAL
Você pegaria um voo
de oito horas para
aprender a manter a
beleza no verão? Pedro pegou.
Estudante de direito em Porto Velho (RO), Pedro, 20, estagia no Tribunal de Contas da
União, onde não pode dividir
sua paixão por maquiagem.
"Pedro" é nome fictício, foi
maquiado porque ele gastou R$
1.300 para ir a um Encontrinho, sob o pretexto de participar de um concurso público.
Compra "make" escondido da
mãe, pelo correio.
Para ele, homens -raros nos
encontros- deveriam usar maquiagem. Com discrição.
Outra que acompanha as
reuniões de longe, a angolana
Maria Lino, 17, sofre com a vontade de comprar maquiagens.
"O novo kwanza (moeda nacional angolana) é desvalorizado
em relação ao dólar, então tudo
é caro demais!", diz.
Maria estava no Rio em dezembro, quando soube que haveria o encontro. Fez a mãe pegar a ponte aérea com ela.
Busca o quê?
Quem vem de perto para o
papo busca coisas diferentes.
Roberta Nahas, 38, levou a filha Marcella, 9, para seu primeiro tutorial. A menina, por
ora, só usa batom em festas.
Natália Magalhães, 19, queria
truques como o seu predileto
-com sombra, para "afilar" o
nariz, ouvido da miss Panamá.
Já Yentl Delanhesi, 21, não
buscava beleza por lá. Ela quase
não usa cosméticos, por achar
que os produtos podem desempenhar papel de "máscara".
"Tenho mais coisa para fazer.
A vida é curta e a maquiagem é
só uma "ajudinha"."
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