São Paulo, segunda-feira, 13 de abril de 2009

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Participantes chegam a vir de Rondônia e de Angola

DA REPORTAGEM LOCAL

Você pegaria um voo de oito horas para aprender a manter a beleza no verão? Pedro pegou.
Estudante de direito em Porto Velho (RO), Pedro, 20, estagia no Tribunal de Contas da União, onde não pode dividir sua paixão por maquiagem.
"Pedro" é nome fictício, foi maquiado porque ele gastou R$ 1.300 para ir a um Encontrinho, sob o pretexto de participar de um concurso público. Compra "make" escondido da mãe, pelo correio.
Para ele, homens -raros nos encontros- deveriam usar maquiagem. Com discrição.
Outra que acompanha as reuniões de longe, a angolana Maria Lino, 17, sofre com a vontade de comprar maquiagens. "O novo kwanza (moeda nacional angolana) é desvalorizado em relação ao dólar, então tudo é caro demais!", diz.
Maria estava no Rio em dezembro, quando soube que haveria o encontro. Fez a mãe pegar a ponte aérea com ela.

Busca o quê?
Quem vem de perto para o papo busca coisas diferentes.
Roberta Nahas, 38, levou a filha Marcella, 9, para seu primeiro tutorial. A menina, por ora, só usa batom em festas.
Natália Magalhães, 19, queria truques como o seu predileto -com sombra, para "afilar" o nariz, ouvido da miss Panamá.
Já Yentl Delanhesi, 21, não buscava beleza por lá. Ela quase não usa cosméticos, por achar que os produtos podem desempenhar papel de "máscara".
"Tenho mais coisa para fazer. A vida é curta e a maquiagem é só uma "ajudinha"."


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