800 JOVENS ATLETAS COMPETIRAM EM SÃO PAULO POR TÍTULO ESCOLAR

IURI DE CASTRO TÔRRES
DE SÃO PAULO

Oitocentos atletas de 12 a 20 anos de idade disputando medalhas em dez modalidades para levar o seu Estado ao posto mais alto do pódio.
Assim foi a segunda edição das Paraolimpíadas Escolares, disputadas na semana passada em São Paulo. O Rio de Janeiro bateu 19 Estados e o DF e foi campeão.
Mais do que uma oportunidade para a socialização de jovens com algum tipo de deficiência, a competição serviu para revelar talentos para a Paraolimpíada Rio-2016, apesar de o nível técnico da competição ser baixo.
É o caso de Leomon Silva, 17, que venceu o torneio de "goalball" pelo Distrito Federal e foi artilheiro, com 28 gols. No jogo, os atletas cegos arremessam uma bola sonora contra o gol dos adversários, que tentam agarrá-la.
O rapaz começou a jogar inspirado nos irmãos, também cegos. O do meio, Leandro, 22, foi escalado para a seleção brasileira.
"Meu sonho é também chegar à seleção", diz Silva, apontado pelo CPB (Comitê Paraolimpíco Brasileiro) como promessa no esporte.
Segundo o presidente do CPB, Andrew Parsons, a competição tem três objetivos: inclusão social, descoberta e identificação de atletas e promoção da atuação de entidades ligadas ao esporte paraolímpico.
"O evento é um grande motivador da prática esportiva entre jovens com deficiência", diz Parsons.
A fluminense Viviane Soares, 14, é a esperança do Brasil no atletismo. Em São Paulo, ela levou ouro nos 100 m e nos 300 m. Cega de nascença, ela começou a treinar apenas no ano passado. "Estou focada no Mundial Juvenil do ano que vem", diz.
Atleta do DF, Natália Mayara, 16, é a quarta melhor do mundo no tênis sobre cadeira de rodas sub-18. Ela foi atropelada por um ônibus quando tinha 12 anos.
"É bom participar desse tipo de evento para ganhar experiência antes de competições importantes e para fazer amigos", diz Nathália, que faturou o ouro.


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