São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 2008

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presente de um deus da morte

Mangá "Death Note" ganha adaptação para o palco na peça "O Caderno da Morte"

DIOGO BERCITO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os mangás e suas influências estão por todos os lados na cultura pop, seja nas dezenas de opções de gibis nas bancas de revistas e nos animês das TVs, seja em longas-metragens do cinema e na moda...
E se, nessa lista, faltava o teatro, agora não falta mais. Estreou na última quinta-feira a peça "O Caderno da Morte", baseada no gibi japonês "Death Note", publicado no Brasil pela JBC. A adaptação para o palco fica em cartaz no Sesi Vila Leopoldina até 23 de novembro.
A história, sobre um perigoso caderno que pertenceu a um deus da morte (leia texto nesta página), foi transformada pela companhia teatral Cia. Zero Zero a partir do interesse do ator Bruno Garcia, que faz o papel principal.
E, para o enredo ficar mais próximo da realidade brasileira, algumas modificações foram feitas, principalmente nas piadas, que foram adaptadas ao contexto nacional.
A peça flui bem, sem muitas firulas, em um palco com duas televisões e um telão, além de mesas e cadeiras.
A atenção da platéia é concentrada nos atores, que seguram bem o texto fora do comum, sem grandes exageros.
A montagem, bastante fiel ao mangá "Death Note", incomoda um pouco quando incorpora ao teatro elementos específicos da narrativa do mangá, como "shinigamis" (deuses da morte) aparecendo e desaparecendo a toda hora.
O efeito, que nos gibis se justifica, no palco, com atores em carne e osso, não consegue evitar um tom cômico.
Porém o suspense e o mistério que deram a "Death Note" a fama e o sucesso estão presentes na peça, mantendo atentos os olhos dos espectadores, que comentavam a história entre si, tentando prever o final.

Encontro de fãs
Na porta do teatro os adolescentes já tinham começado a se agrupar uma hora antes de a peça começar. No início, estavam tímidos, mas, aos poucos, descobriram afinidades entre si e logo a conversa nos diversos grupos já orbitava em torno de temas como mangás, cosplay, animês, RPGs e super-heróis.
Na saída, o comentário era positivo tanto entre fãs quanto entre "pára-quedistas" que nunca tinham ouvido falar na história. "Ficou muito bom, abordou os pontos mais fortes do mangá", disse Pedro Amaro, 16, estudante e fã do gibi.


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