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presente de um deus da morte
Mangá "Death Note" ganha adaptação para o palco na peça "O Caderno da Morte"
DIOGO BERCITO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os mangás e suas influências estão por
todos os lados na
cultura pop, seja
nas dezenas de opções de gibis nas bancas de revistas e nos animês das TVs, seja em longas-metragens do cinema e na moda...
E se, nessa lista, faltava o teatro, agora não falta mais. Estreou na última quinta-feira a
peça "O Caderno da Morte",
baseada no gibi japonês "Death
Note", publicado no Brasil pela
JBC. A adaptação para o palco
fica em cartaz no Sesi Vila Leopoldina até 23 de novembro.
A história, sobre um perigoso
caderno que pertenceu a um
deus da morte (leia texto nesta
página), foi transformada pela
companhia teatral Cia. Zero
Zero a partir do interesse do
ator Bruno Garcia, que faz o papel principal.
E, para o enredo ficar mais
próximo da realidade brasileira, algumas modificações foram feitas, principalmente nas
piadas, que foram adaptadas ao
contexto nacional.
A peça flui bem, sem muitas
firulas, em um palco com duas
televisões e um telão, além de
mesas e cadeiras.
A atenção da platéia é concentrada nos atores, que seguram bem o texto fora do comum, sem grandes exageros.
A montagem, bastante fiel ao
mangá "Death Note", incomoda um pouco quando incorpora
ao teatro elementos específicos
da narrativa do mangá, como
"shinigamis" (deuses da morte)
aparecendo e desaparecendo a
toda hora.
O efeito, que nos gibis se justifica, no palco, com atores em
carne e osso, não consegue evitar um tom cômico.
Porém o suspense e o mistério que deram a "Death Note" a
fama e o sucesso estão presentes na peça, mantendo atentos
os olhos dos espectadores, que
comentavam a história entre si,
tentando prever o final.
Encontro de fãs
Na porta do teatro os adolescentes já tinham começado a se
agrupar uma hora antes de a
peça começar. No início, estavam tímidos, mas, aos poucos,
descobriram afinidades entre
si e logo a conversa nos diversos
grupos já orbitava em torno de
temas como mangás, cosplay,
animês, RPGs e super-heróis.
Na saída, o comentário era
positivo tanto entre fãs quanto
entre "pára-quedistas" que
nunca tinham ouvido falar na
história. "Ficou muito bom,
abordou os pontos mais fortes
do mangá", disse Pedro Amaro,
16, estudante e fã do gibi.
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