São Paulo, Segunda-feira, 13 de Dezembro de 1999


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A UNE recebe mais críticas e elogios dos leitores; programas de TV e ensino público levam "bronca"

TV e escola pública
"Não aguento mais chegar em casa depois de uma longa manhã de estudo e ver que o que passa na TV é programa de culinária ou alguma bunda balançando!! Simplesmente não assisto TV porque não existe nenhum programa no horário nobre que englobe aspectos atuais ou culturais de debate.
No início da semana, vimos o presidente da República dando entrevistas, nas quais criticava o novo método de cobrança adotado pelas escolas particulares, que aumentarão as mensalidades a cada seis meses. Isso realmente é um absurdo, no entanto as escolas particulares não têm obrigação de ficar sustentando alunos.
Quando a classe média tiver seus filhos nas escolas públicas, aí sim veremos algo mudar, pois nenhum pai quer ver seu filho numa escola onde ele aprenda a cheirar cocaína e empunhar um revólver.
PS: estudo numa escola pública de qualidade, das poucas que restam."
Rafael Bezerra Feitosa, 14 (Recife, PE)

Cotas de vagas
"Escrevo para botar a minha colher no debate sobre cotas de vagas nas universidades e responder a Gustavo Adriano (ed. de 29/11). As críticas feitas pelos alunos do Núcleo de Consciência Negra (onde estudei em 95) não foram endereçadas a todos os estudantes da FEA, mas à turma que, na palestra do senador Suplicy, se manifestou de forma preconceituosa.
Dizer que seus diplomas perderiam o valor porque alunos das escolas públicas contaminariam a faculdade é absurdo. Algo que não se distancia muito dos ideais de Hitler. Não foram afirmações infundadas, como você disse.
Eu também não sou a favor dessa política de cotas, pois os beneficiários não seriam respeitados nas universidades. Os outros olhariam para eles como se dissessem: "Você só está aqui porque há uma lei". Acredito que o melhor caminho para a cura dessa injustiça social deva ser o mais árduo: lutar para que o ensino fundamental e o médio nas escolas públicas sejam de melhor qualidade."
Felipe S. Rangel (via e-mail)

Luta inconsequente
"Fico indignada ao ver cartas que difamam a UNE. Todo estudante que age dessa forma está fazendo para os reacionários o que eles próprios poderiam estar fazendo sozinhos. Estão descaracterizando uma das entidades mais combativas dos últimos 30 anos. A UNE tem um histórico importante no que tange à defesa e à luta dos estudantes. Pensem antes de culpar uma entidade pelo imobilismo e covardia próprios de cada estudante inconsequente e imbecil que luta contra si próprio."
Helen Paludetto, aluna do 3º ano de história (via e-mail)

Não às vaias
"Discordo da opinião de Sérgio Vieira (ed. de 29/11) sobre as vaias aos cantores e grupos brasileiros. Ele usou uma expressão muito forte, generalizando a situação. A nossa cultura musical tem se vulgarizado, mas não a ponto de dizer que está um lixo. Muitos cantores têm contribuído para isso, usando um comportamento ritualizado, morto. Para nossa tristeza, a maioria dos brasileiros não cria, procura usar o que já está pronto na prateleira e acaba sem criatividade."
Moisés Rodrigues da Silva, 22 (São José dos Campos, SP)

Lounge music gaúcha
"Gostei muito da matéria de vocês sobre a lounge music (ed. de 29/ 12). Porém gostaria de acrescentar que não há somente em São Paulo esse estilo de música. Aqui, em Porto Alegre mesmo, temos o grupo Les Johnsons, que também faz a chamada "música de elevador". Isso mostra que, apesar de querer ser "um jornal a serviço do Brasil", a Folha de S. Paulo, mais especificamente o Folhateen (que, apesar do nome, ainda tenta ser brasileiro) torna-se um jornal somente a serviço de São Paulo!"
Dante Guazzelli (Porto Alegre, RS)

Em defesa da UNE
"Não compartilho com a Folha as críticas feitas à Ubes e à UNE por assumirem bandeiras como "Fora FHC e FMI". Pelo contrário, defendo a posição dessas entidades, que já lutaram muito pela redemocratização deste país. Mas que a estrutura de organização dessas entidades é uma vergonha, isso é. O PC do B frauda descaradamente os congressos, para manter sua hegemonia, sua dita maioria. Prova disso é o último Congresso da Ubes, realizado no feriado de 15/ 11. Lá 874 pessoas tiraram credenciais, e 877 votaram, como se ninguém tivesse ido embora, e o "gasparzinho" tivesse depositado mais três votos. A coligação feita pelo PC do B no Congresso foi: PC do B, PTB, PDT e PSB, setores da direita. Esses são os comunistas brasileiros."
Otávio Augusto Antunes da Silva, 22, ex-vice-presidente da Ubes (via e-mail)

"Zona" no Anhembi
"Gostaria de fazer criticas ao show realizado dia 28/11, no Anhembi. De qualquer lugar que eu tentasse ver o show, era impossível, havia muita gente passando de um lado para o outro, sem o menor interesse no palco. Tenho certeza de que essa bronca não é só minha, e espero que o pessoal daquela rádio tenha aprendido a lição. Agradeço a oportunidade para me expressar."
Emerson Bulcão (via e-mail)


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