São Paulo, segunda-feira, 14 de maio de 2007

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balada

Proibido para maiores

Sem bebida alcoólica nem adultos, matinês de São Paulo reúnem público de até 3.000 adolescentes nos fins de semana

LETICIA DE CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto não chega a hora de freqüentar as discotecas da noite paulistana, abertas apenas para maiores de 18 anos, os adolescentes baladeiros se exercitam nas matinês da cidade.
Realizadas em casas noturnas badaladas, como a Lotus e o Cabral, ou em clubes, como o Pinheiros e o Paineiras, elas atraem uma horda de jovens aos finais de semana, que chegam a ficar uma hora numa fila para dançar música eletrônica, black e até axé.
Essas baladas têm hora marcada para acabar (no máximo à meia-noite), não vendem bebidas alcoólicas e adultos não são bem-vindos -o limite de idade varia de 16 a 18 anos (veja quadro ao lado).
"Depois de uma semana de estudos, provas, superconcentrada, preciso me divertir", conta Brenda Mayer, 13, que freqüenta a domingueira da Lotus.
Para conseguir autorização da mãe para freqüentar a balada, ela precisa mostrar resumo dos estudos da semana.

Com que roupa?
A escolha do figurino é um processo delicado e leva cerca de uma hora. Quando fica na dúvida entre vários looks possíveis, Brenda fotografa as opções com seu celular e as envia por e-mail para as amigas opinarem.
Já Julia Sabino, 14, amiga de Brenda, escolhe a roupa com um dia de antecedência. "Muito brilho à tarde não tem a ver. Prefiro uma roupa básica, que seja bonita e confortável", diz a estudante, que usava jeans e top na última matinê da Lotus.
Para as modelos Nadine Oliveira, 15, Mariana Coelho, 15, Caroline Brognole, 14, e Anne Ludescher, 14, a matinê é a única opção de balada.
"Por conta da nossa profissão, a gente não pode sair à noite e temos que dormir cedo. Se a gente não respeitar, fica cheia de olheira e não dá para trabalhar", diz Nadine, que vai à matinê para dançar.
Já o estudante Breno Vilhena, 13, confessa que a pista de dança não é o seu principal interesse nas matinês. "Eu venho para dançar e para beijar", diz.


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